DOZE MORTOS INCLUINDO CRIANÇA DE 12 ANOS E UM FERIDO, SÃO DANOS CAUSADOS PELA POLÍCIA NACIONAL NO HUANDO. INFORMOU A OMUNGA

Benguela: A Associação OMUNGA chamou na manhã desta quarta-feira, 27 de março, a imprensa para apresentar o seu inquérito sobre as mortes dos cidadãos, ocorrido na província do Huambo, a quanto do protesto dos mototaxistas (Kupapatas) no dia 5 de Junho de 2023, contra a subida do preço da gasolina que saia de 160 kwanzas para 300 kwanzas, que resultou na morte de 12 cidadãos, com destaque da morte de uma criança de 12 anos, um cidadão ferido e dois agentes da polícia nacional.

Fotografia: Bernardo Angolano 

Redação: Benguela7 

Na presença dos familiares que perderam os seus ente-queridos, a OMUNGA no seu relatório apresentado aos jornalistas, diz que no contacto directo que manteve com as famílias constatou que a intervenção da polícia foi mais uma vez desproporcional com o objetivo de impedir a manifestação ou a greve dos mototaxistas que decidiram parar os serviços naquele dia, tudo por causa da subida do preço da gasolina, mas dois dias antes, os mototaxistas que perderam a vida devido ao desenvolvimento dos agentes da polícia nacional que perseguiam os mesmo até provocar acidente que originou a morte.   

De acordo com as informações acolhidas pela OMUNGA, os dados apontam para doze (12) mortos com destaque para a morte de uma criança de 12 anos de idade, um ferido gravemente tendo atingido com duas balas no abdômen. Salienta-se que   dos 12 mortos, 2 são agentes da polícia nacional que perderam a vida no dia 5 de Junho de 2023.

No contacto que a OMUNGA obteve com as famílias das vítimas, todas elas clamam por justiça, ou seja, estão disponíveis a levar o caso ao tribunal de modo a responsabilizar criminalmente os agentes envolvidos nas mortes que tiveram lugar neste dia e outros que vieram a falecer depois.

 João Malavindele, diretor executivo da OMUNGA, esclareceu que dois dias antes da paralização dos mototaxistas, isto é, no dia 03 de junho de 2023, dois jovens motoqueiros foram mortos por volta das 19 horas, fruto da má actuação dos homens da farda azul motorizada denominada URB, que terá extorquido aos jovens mototaxistas, 2 mil kwanzas, pelo facto de um deles, não se fazer acompanhar do capacete de proteção. Apesar de os motociclos se encontrarem estacionados frente ao pavilhão multiuso, Osvaldo Serra Van-dúnem na cidade do Huambo.

Depois da extorsão, os jovens meteram-se a caminho, montados os três no motociclo, o que originou a perseguição destes pelos policias que haviam interceptado os jovens minutos antes. Quando os policiais que se faziam transportar num motociclo alcançaram os jovens, empurraram os jovens que iam em alta velocidade, tendo o condutor, Luís Camuango, de 27 anos ter perdido o controlo do meio e embateram contra uma árvore o que resultou em morte imediata, sendo o segundo ocupante, Jacinto Calongo Kanganjo Bento, de 22 anos, socorrido, mas, acabou por falecer no interior da ambulância quando era transportado para o Hospital Geral do Huambo. O terceiro ocupante, teve ferimentos ligeiros, mas sem prestar qualquer socorro às vítimas, a polícia autora da acidente, temeu-se em fuga, tendo aparecido mais tarde simulando que desconhecia do indente, já o terceiro ocupante, Ismael Chivela, reconheceu e lembrou-se dos agentes que havia exigido o montante de 2 mil kwanzas e actores da perseguição e do acidente.

A morte destes dois cidadãos motivou uma onda de solidariedade por parte dos mototaxistas e taxistas e decidiram parar os serviços no dia 5 de Junho, a nível da cidade do Huambo.

Fotografia: Bernardo Angolano      (Familias das vítimas Foto tirado no memento da confêrencia de imprensa do dia 27/03/2024)


Testemunho das famílias das vitimas

Eu sou o irmão do Horácio Chiquemba António, que foi baleado no Huambo, no largo de São Pedro, paragem da Cáala. Eu acompanhei e vi o meu irmão a ser baleado. Foi no dia 5, numa segunda-feira, sai de casa para exercer os meus trabalhos. Eu sou mototaxista. Logo que eu saí de casa, disse que meu irmão: em fração de 15 a 20 minutos, nós vamos sair com sua motorizada, e ele diz, mano, eu vou na rua 5, comprar balde de tinha para pintar a minha casa. Nos encontramos   na paragem da Cáala, eu estava a conversar com meus kambas, naquela de conversar, eu disse para ele, como eu tenho alguns conhecidos aí, na rua 5, nas lojas, fica mais fácil você ir comigo, para que o preço não seja muito alto. Ele põe-se na estrada, nós estivemos aqui onde está atualmente a TV ZIMBO, a conversar, numa distancia de 50 metros, o meu irmão que estava a conduzir a motorizado, só vi o meu irmão a distância, está a cair com a mesma motorizada. Pego na minha motorizada, lhe encontrei no chão a sangrar bastante, porque a bala entrou na parte da face para o nariz. A mesma bala não saiu. Pego o meu irmão, lhe levei para o hospital, já não chegou com vida”, esclareceu, o irmão do malogrado, salientando, o que mais marcou pela negativa a família, foi quando no acto de ir na morgue a busca do cadáver para o merecido funeral, a Polícia tenta inviabilizar, atirando o gás lacrimogênio e fazendo disparos.

O jovem disse que o Estado não assumiu o óbito e que tudo tinha que ser feito pela família, depois do funeral o governo do Huambo levou um saco de farinha e de açúcar.

António é meu nome. Respondo pelo irmão que foi baleado no dia 5, de nome António Lucas Silvano. A princípio, ele era gerente de um carro, na manhã do dia 5 ele saiu, para ir trabalhar, posto lá, ele não sabia da confusão que deveria acontecer, posto no local onde estacionavam a viatura, não encontrou e foi informado pelo dono da viatura de que estava a decorrer uma manifestação e ninguém vai trabalhar. Eu também, fui ao meu local de trabalho, e as 10 horas ligaram para mim, perguntaram pelo meu irmão. Eu respondi de que, não sei por onde foi, pela manifestação que está a decorrer na cidade não sei se vão trabalhar mesmo. Às 12 horas, uma outra pessoa ligou para mim e me disse que o meu irmão estava no hospital e pediram para você ir lá dar os dados dele. E fui para ao Banco de Urgência do Hospital, liguei no telefone dele, quem atendeu é um agente policial do Banco de Urgência e quando cheguei lá, perguntaram-me se eu fosse o irmão do malogrado e depois de alguns minutos é quando que me explicaram que o meu irmão estava andar de motorizada  e com agitação da cidade, embateram-se   e ele fraturou a perna, mas, que não sobreviveu. Dai, ganhei coragem fui remover o corto da sala onde estava e fui leva-lo à morgue. Posto na morgue, verifiquei bem, dei conta que não foi acidente. Foi baleado e tive que informar à família”, disse, senhor António.    

O irmão do malogrado fez saber que a sua família não recebeu quaisquer apoios. “Eles disseram que apoiaram com urnas. Os outros as vezes receberam tal apoio, mas nós não recebemos nada”, lamentou.

  “Eu sou Manuel Adelino, vivo no bairro Benfica. Meu filho chama-se Félix Catumba Adelino. Dia 5 de Junho, estiva em casa com a minha senhora e as crianças. Uma delas, estuda de manhã. Como  os tiros eram demais,  eu disse ao meu filho, porque não estão a estudar e a criança foi a escola, vai a busca dela. No regresso, vimos que acriança que ele foi a buscar, veio em casa, disse: ó Pai, o mano lhe deram tiro na Igreja Adventista e caiu. Depois daí, eu e a minha senhora, saímos, chagamos ao local, encontramos sangue no chão e encontramos que já levaram-lhe ao hospital. Logo fomos ao Hospital”, relatou o senhor Manuel Adelino, que lamenta pela perda do seu filho que deva suporte de sustentabilidade à família visto que o ancião já não consegue trabalhar por conta da idade.

Manuel Adelino pede ajuda para que ajustiça seja feito e os culpados sejam responsabilizados.      

  

Fotografia: Bernardo Angolano                (Família das Vítimas. Foto tirado no memento da confêrencia de imprensa do dia 27/03/2024)

Eis os nomes de cidadãos mortos pelas balas da Polícia nacional no Huambo

1.   Luís Camuanga, de 27 anos, filho de Clemante Sashambia e de Fernanda Tchitula, natural do Huambo, bairro Chiva.

Factos ocorrido

No dia 3 de Junho de 2023, conduzindo uma motorizada em grande velocidade foi empurrado por uma agente da polícia e perdeu o controlo do meio e embateu contra uma árvore o que resultou em morte imediata;

2.   Jacinto Calongo Kanganjo Bento, 22 anos, filho de Manuel Correia Bento e de Teresa Ngueve, natural do Huambo, tido como segundo ocupante.

Factos ocorrido

Foi socorrido, mas, acabou por falecer no interior da ambulância quando era transportado para o Hospital Geral do Huambo;

3.   Cristiano Luís Pambasangue Tchiuta, 12 anos, filho de Maria Chiango Chiuta e de Julieta Teresa, nascido aos 07 de Agosto de 2010, no município do Lobito, Província de Benguela.    Frequentava a 6ª classe na escola publica 113 do bairro Benfica, Provincia do Huambo.

Factos ocorrido

No  dia 5 de Junho, por volta das 11 horas, o menino Cristiano solicitou ao seu Tio Evanildo José Tchitakumula, de 15 de idade, que lhe acompanhar-se em casa, com intuito de pegar a sua mochila, devido ao horário da escola que se aproximava.

Os dois saíram de casa da avó andaram aproximadamente 100 metros e  depararam-se com uma agitação  (manifestação) entre os mototaxistas e os agentes da polícia nacional, alguém lhe aconselhou a aguardarem um pouco porque o clima estava muito tenso, depois de alguns minutos de espera decidiram atravessar a rua principal, ao chegar junto a igreja Adventista do Sétimo Dia, de repente Cristiano caiu no chão, o tio regressou para ver o que se passava com o menino ao lhe segurar,  ficou espantado porque o menino foi atingido com bala dispersa na cabeça (na nuca).

O tio com mais ajuda dos jovens retirou o menino do chão para leva-lo ao Hospital. Nesta instantes, contaram com a ajuda dos policiais até ao Hospital, de mediato foi submetido a uma cirurgia, quando eram 14 horas, os familiares receberam notícia do falecimento do menino.  

De salientar que o menino Cristiano Tchiuta, é o primeiro filho e foi atingido com três balas de arma de fogo na nuca (cabeça).

A certidão de óbito, atesta como causa da morte “Choque Traumático”, traumatismo craniano, disparo de projétil de arma de fogo.

Apoio institucional: a polícia nacional apoiou com a urna, 30 kg de arroz, 50 kg de farinha de trigo, 30 kg de fubá de milho, uma caixa de frango, uma caixa de óleo alimentar de 12 litros, uma caixa de costeletas, 25 kg de feijão.

A administração do Huambo também apoiou com os mesmos bens e a mesma quantidade.

A família pede ajuda judicial para abrir um processo contra a polícia nacional. Um facto curioso, a mãe e Avó do Cristiano são agentes da polícia nacional.  

4.   António Lucas Silvano, 22 anos de idade, filho de Dofilia Silvano, nascido a 8 de Março de 2021, no Município do Balombo, província de Benguela.

   

Factos ocorrido

No dia 5 de Junho o António saiu de casa para trabalho, uma vez que ele exercia actividade de cobrador de taxi (gerente) posto no local de trabalho foi informado que hoje não se trabalha, porque há greve contra a subida da gasolina.

O mesmo decidiu regressar para casa, quando chegou na rua do comercio no bairro Benfica se deparou com a manifestação, no mesmo local foi alvejado por uma bala perdida de arma de fogo, que perfurou a costela do lado esquerdo e abala saiu do outro lado.

O irmão da vítima Henriques Jeremias de 24 anos de idade recebeu uma ligação telefônica às 11 horas de alguém que disse: vai agora no hospital geral, o teu irmão está grave não fala, para você dar a identificação dele, posto no Hospital encontrou os agentes da polícia nacional a fazerem os registos das vítimas e foi até ao banco de urgência para ter mais informações, foi atendido por agentes da polícia e um dele disse: o teu irmão teve acidade e fraturou/partiu a perna e não sobreviveu (faleceu).

O irmão teve que remover o corpo da sala de urgência para a morgue, durante a remoção do corpo, o irmão verificou que a vítima não tinha partido a perna, mas sim, alvejado com uma bala nas imediações da costela esquerdo.

O malogrado deixou uma esposa concebida (gravida) e duas crianças de 2 e 3 anos de idade.

Apoios institucionais: os familiares não tiveram apoio da polícia nacional, nem da administração local, a família pede que se faça justiça e que os agentes sejam responsabilizados. Devido a carência de vida, a família não tem condições para contratar um advogado e solicitam apoios para o efeito.

A certidão de óbito passado pela conservatória civil registou a morte às 10 horas e 50 minutos, a causa da morte é choque traumático, traumatismo torácica disparo de projetil de arma de fogo.

5.   Severino Satumba Adelino, de 19 anos de idade, carinhosamente chamado por Paizinho, filho de Manuel Adelino e de Angelina Calembe, nascido aos 4 de Maio de 2024, no município da Chicala Cholohanga, província do Huambo, aluno da 9ª classe no colégio Baptista, onde era o subdelegado de turma.

 

Factos ocorrido

 

No dia 5 de Junho por volta das 10 horas, o jovem Severino saiu de casa com objetivo de ir a busca do seu irmão menor na escola pública 113º no regresso à casa, próximo da Igreja Adventista do 7º dia do bairro Benfica, o Severino foi alvejado com uma bala dispersa de arma de fogo. A bala atingiu o ombro esquerdo.

O irmão menor foi em casa onde comunicou ao pai e a mãe de que o mano (irmão mais velho) caiu, foi atingido com tiro. Os pais se deslocaram até ao hospital e encontraram o filho na sala de operação, quando eram 15 horas, os pais foram novamente pedir informações, a enfermeira disse: o teu filho já recuperou e está a descansar, vamos lhe mudar de sala para vocês verem e às 21 horas e 30 minutos, os pais foram chamados pelo Doutor, onde receberam a notícia do falecimento do Severino.

A certidão do óbito passado pelo Hospital Geral do Huambo, registou como causa da morte a insuficiência respiratória aguda, trauma cervical atingido por projétil de arma de fogo. O jovem Severino faleceu às 19 horas do mesmo dia.

Apoios institucionais: a polícia nacional apoiou com urna, 50 Kg de farinha de trigo, 15 Kg de açúcar, 30 Kg de fubá de milho, 1 caixa de óleo alimentar de 12 litros, 25 Kg de arroz, 25 Kg de feijão e 1 caixa de sabão.

 

6.    Horácio Chiquemba António, 22 anos de idade, filho de Rufino António e de Mariana Jeronimo, nascido aos 20 de Janeiro de 2021, no município do Huambo, província do Huambo.

Factos ocorrido

 Na manhã do dia 5 Junho, o Horácio participava na manifestação contra a subida da gasolina, no bairro de São Pedro, próximo a paragem de táxi da Cáala, o mesmo foi alvejado com uma bala de arma de fogo atingindo a cabeça, próximo do olho esquerdo. A bala saiu pela nuca causando a morte imediata.

O malogrado deixou uma esposa e uma criança de 2 anos de idade.

Apoios institucionais: a polícia apoiou com 25 kg de arroz, 50 kg de fubá de milho, 15 kg de farinha de trigo, 6 cestas de água mineral de 5 litros cada, 1 caixa de óleo alimentar de 12 litros, 25 kg de feijão e 4 barras de sabão.

No dia do funeral os agentes da polícia nacional levaram o corpo do hospital até ao Cemitério.   

O relatório da certidão do óbito registou a morte no mesmo dia pelas 08 horas, a causa da morte é choque traumático, traumatismo cervical disparo de projetil de arma de fogo.

A família exige justiça e precisam de apoio para contratar um advogado.

7.   Adriano Cesar Abel, 25 anos, filho de António Abel e de Maria Jamba. O malogrado deixa uma viúva e dois filhos.  

 

Factos ocorrido

Foi dado como morto no dia 5 de Junho, após ser atingido com uma bala na cabeça. O malogrado exercia a actividade de mototaxista.

Apoios institucionais: a família não beneficiou de qualquer apoio da polícia e nem do governo para a realização do óbito.

 

8.   Zeferino António Calinmbue, filho de António Calimbua e de Maria Nangambali, natural Chicala Cholohanga, residente na Comuna de Samboto, residência provisório, bairro de Fatima, nos arredores da cidade do Huambo.

 

Factos ocorrido

 No dia da manifestação saiu de casa para exercer o seu trabalho de mototaxista, no mesmo dia foi alvejado com dois tiros. Com ajuda do um cidadão foi levado ao hospital, mas, já estado de coma permaneceu por três semanas no hospital, até o dia do seu falecimento. Os familiares só tomaram o conhecimento três dias antes do seu falecimento.


9.   Augusto de Sousa Tchimuco, mototaxista de 29 anos de idade membro da associação “Os Valentes”.

 

Factos ocorrido

 De acordo com os familiares, o malogrado saiu de casa na manhã do dia 5 (dia da manifestação), com intenção de cumprir a sua jornada laboral, o mesmo ainda foi visto em casa, ou seja, passou a noite em casa com plano de viajar às 18 horas do 6 de Junho, tendo o destino à Luanda.

Outras informações davam conta de que o Augusto de Sousa Tchimuco foi encontrado morto numa zona turística chamada “Calima”, sita há 23 quilômetros do município sede do Huambo, com o corpo todo estado de putrefação, os seus pertences foram encontrados como: bilhete de passagem e tudo que trazia dentro da mochila.  

 

10.               Aurelio Sassoma, de 19 anos idade, filho de João Baptista, estudante do 3º ano de medicina (ensino médio), residente no bairro do Benfica.

 

Factos ocorrido

 No dia 5 de Junho, quando passava defronte da 3ª esquadra da polícia nacional, foi atingido com duas balas de arma de fogo na região do abdómen, no mesmo dia, foi levado ao hospital geral onde foi submetido a cirurgia. Actualmente está fora do perigo.


Fotografia: Bernardo Angolano

BENGUELA7 A NOTÍCIA EM TEMPO REAL

 

  

Comentários

Mensagens populares deste blogue

GOVERNADOR PROVINCIAL DE BENGUELA QUEBRA “JEJUM”, NOMEIA NOVOS ADMINISTRADORES MUNICIPAIS

DEPUTADOS DA UNITA SUSPENSOS PELA PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL

CANDIDATO VENCIDO NO IX CONGRESSO DA JMPLA, ADILSON HACH DIZ DESCONHECER PROCESSO FRAUDULENTO