USAID GARANTE INVESTIMENTOS NO CORREDOR DO LOBITO PARA PRODUZIR BENEFÍCIOS PARA AS COMUNIDADES CIRCUNDANTES
Benguela: O
projecto de expansão Mulheres na Agricultura Angolana, da Agência dos Estados
Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID) nas províncias
de Benguela, Huambo e Bié, foi lançado, esta quinta-feira 25 de Abril, no
âmbito do desenvolvimento do Corredor do Lobito e garante investimentos no
Corredor do Lobito para benefícios equitativos para as comunidades circundantes.
Redação: Benguela7
Na ocasião, Samantha Power disse que o projecto demonstra a
importância do desenvolvimento agrícola para a sustentabilidade do Corredor do
Lobito.
Destacou o papel da USAID em garantir que os investimentos no
Corredor do Lobito produzam benefícios equitativos para as comunidades
circundantes.
Anunciou que a expansão do projecto nas três províncias que
conformam o Corredor do Lobito, além do Cuando Cubango, demonstra que a USAID
está a garantir que os investimentos no Corredor apoiem o principal objetivo de
desenvolvimento de Angola.
USAID expande Projecto de Apoio à
Mulher na Agricultura em Angola
o
Projecto de Apoio à Mulher na Agricultura em Angola, que vai permitir atingir
20 mil beneficiárias, esse mesmo projecto visa capacitar mulheres agricultoras
rurais para terem sucesso técnico e comercial, aumentando a produtividade e
ligando-as a grandes compradores, além de remover barreiras económicas, sociais
e culturais.
Para das províncias
de Benguela, Huambo e Bié, o projeto poderá abranger igualmente as
províncias do Cuanza-Sul, Huíla, Cuanza-Norte, Luanda, Malanje e Namibe e
poderá ter seis mil beneficiárias, sendo implementado pela ONG Ajuda de Povo
para Povo (ADPP/Angola).
Com esta
iniciativa, a USAID e parceiros ( ExxonMobile, Azule Energy e Grupo Simples)
pretendem garantir que os investimentos no Corredor do Lobito apoiem o
principal objectivo de desenvolvimento de Angola, ou seja, a diversificação
económica, atraindo investimentos privados para região.
O
Projecto de Apoio à Mulher Agricultora é uma parceria público-privada que
capacita comunidades rurais para aumentar os seus meios de subsistência e
segurança alimentar, tornando assim as beneficiárias em líderes do sector.
Segundo a
administradora da USAID, Samantha Power, apesar de ter em abundância terras
férteis e recursos hídricos em abundância, Angola importa mais de metade das
suas necessidades alimentares, com um custo anual de cerca de três mil milhões
de dólares, situação que urge inverter.
A
responsável congratulou-se com os esforços do Governo angolano para inversão
desse quadro, apostando no aumento da produção interna e diminuindo,
gradualmente, as importações.
Considerou
que, hoje, Angola está num novo caminho, com a reabilitação do Caminho de Ferro
do Lobito e sua ligação para Zâmbia, até a Tanzânia, o que vai resultar na
primeira linha férrea transafricana e que tem um potencial para inverter esse
contexto.
Na sua ótica,
essa iniciativa é muito mais do que linhas férreas, pois, vai permitir ligar
agricultores com mercados onde podem comercializar os seus produtos, bem como
expandir o acesso a insumos como fertilizantes, sementes melhoradas e
equipamentos para o sector agrário.
Na mesma
senda, disse que vai ajudar também na redução dos custos desses insumos e no
aumento do lucro dos agricultores.
Para
Samantha Power, os agricultores vão poder vender os seus produtos a um bom
preço e Angola vai poder levar a produção dessas comunidades para outras partes
do globo.
No
entanto, defendeu, para se conseguir esses objectivos, os agricultores precisam
de formação em técnicas para o aumento da produtividade, de recursos
financeiros e acesso a capital, de modo a conseguirem comprar sementes,
equipamentos e fertilizantes.
Mas isso
não basta, disse, eles precisam também de acesso a documentos, como o Bilhete
de Identidade, de competências básicas como a literacia financeira, bem como
ligação aos compradores.
“Por
isso, o Governo angolano tem investido centenas de milhões de dólares para
ajudar a agricultura familiar, destacando-se a criação do Fundo de Apoio ao
Desenvolvimento da Agricultura, que vai expandir o acesso ao crédito agrícola
em seis por cento nos próximos três anos”, referiu.
Destacou
também a aposta do Grupo Carrinho, parceiro da USAID, que vai trabalhar, nos
próximos anos, com 150 mil agricultores, conectando-os a 17 fábricas que irão
comprar os produtos aquando da sua colheita.
A
administradora da USAID fez ainda referência à assinatura de um acordo de
parceria com a Africel, avaliado em 4.8 milhões de dólares, de modo a
incrementar, nos próximos dois anos, a digitalização das transações
financeiras.
Samantha
Power disse que a USAID tem criado parcerias com ONGs locais para o lançamento
de um Instituto Técnico Agrário, para formação de agricultores, sobretudo
mulheres, visando o aumento de competências e técnicas, resultando no aumento
da produção.
Grupo Carrinho reafirma aposta em produtos nacionais
O
Presidente do Conselho de Administração do Grupo Carrinho, Nélson Carrinho,
reafirmou que o mesmo vai continuar a apostar na compra da produção de
agricultores angolanos.
Congratula-se
com a iniciativa “transformacial” da USAID, porque, pela primeira vez, vê em
Angola uma entidade não governamental com uma visão diferente, que vai muito
além da agricultura de subsistência, e prima pela criação de mercado.
“Trabalhar
no campo, com 150 mil produtores, dos quais 45 por cento são mulheres, tem sido
uma experiência muito enriquecedora. Poder conviver com essas famílias nos
permite aprender mais do que ensinar e por isso a mudança está nas mãos deles”,
disse.
Reafirmou
o compromisso do Grupo Carrinho com a visão 2030, em que projectam agregar dois
milhões de produtores angolanos e serem 100 por cento autossuficientes em toda
carreira industrial, alimentada exclusivamente por angolanos.JA/ANGOP
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