UNITA EM BENGUELA DIZ QUE A SITUAÇÃO SOCIAL DOS ANGOALNAOS SE AGRAVA CADA VEZ MAIS
Benguela: "O nosso país vive momentos difíceis da sua história. A julgar pelas catástrofes provocadas, pela violência, da má-governação protagonizada pelo partido Estado. Que esta no poder há 49 anos, não consegui realizar o país. Tudo está em falta", disse , Avelino Cadjamba José, secretário Provincial da UNITA, em imprensa sobre a situação social da Província, na sexta-feira última.
Redação: Bernardo Angolano
Segundo o líder da UNITA, na cidade das acácias rubras, o partido que governa, quase meio século, não consegue realizar as eleições autárquicas, está a ignorar o clamor do povo, colocando Angola na cauda dos países da região da SADC e que por conta disto tudo, a esperança de vida dos angolanos é muito reduzida.
A qualidade de ensino baixou, a qualidade da saúde piorou, o desemprego aumentou, a pobreza virou costume, como se não bastasse o comércio não progrediu e a candonga tornou-se modo de vida de muitas das famílias, sublinhou Avelino Canjamba José.
“Com o MPLA no poder, o bem desaparece e o mal super abunda”, considera o político que entende que as autarquias é a solução para a resolução de vários problemas em Angola.
Autarquias locais
Recorda o político, neste quadro, a Assembleia Nacional aprovou o projeto de Lei Orgânica da Institucionalização Efetiva das Autarquias Locais, projeto da iniciativa do Grupo Parlamentar da UNITA, cuja elaboração contou com a participação de vários setores da sociedade angolana, desde acadêmicos, fazedores de cultura, líderes de opinião, gestores de empresas, igrejas, etc, etc.
Esta aprovação segundo o também Deputado, não significa o fim último e não significa o ponto assente. É apenas mais um passo pelo que os angolanos não devem baixar a guarda naquilo que tem que ver com a pressão sobre o governo para que as autarquias encontrem lugar no país.
Avelino Canjamba José, alerta o Executivo a não fazer finca-pé quanto da realização das autarquias locais e encoraja a sociedade civil a continuar a fazer pressão.
Críticas à gestão de Luís Nunes
Ainda na sua locução na conferência de imprensa, o secretário provincial dos Maninhos em Benguela, atirou-se contra a governação de Luís Nunes, segundo entende que Benguela tinha uma pequena imagem que orgulhava e agradava os seus habitantes.
" Hoje, em que a muleta é corrigir o que está mal, o governador não sabe por onde começar, porque tudo está mal", afirmou.
Justificando o homem forte do galo negro, sublinha algumas vias que n sua opinião, estão a cada vez mais a degradar-se que a título de exemplo, cita as Ruas Machado dos Santos, a estrada da Damba Maria, que liga o bairro do Vimbalambi ao asfalto, dizendo que produz uma vergonhosa poeira sem deixar de parte as comunidades que por aquele bairro vivem.
Olhando para estes e outros problemas que assolam a Província, o número um do galinheiro questiona:
"Onde está o governador que, segundo disseram-nos que viria emprestar à Benguela uma imagem diferente? Onde está o governador que nos disseram que conseguiu organizar a província da Huila e que a Huila não tem mais lixeiras? Onde está o governador que não pode proteger as comunidades do Vimbalambi contra a poeira produzida pelas viaturas da Carrinho e de outras empresas? Onde está o governador que deve sim, por obediência à Constituição e à lei, proteger até a saúde dos habitantes de Benguela, sobretudo daquelas populações que aqui fizemos referência? Angolanas e angolanos, a quem interessa, afinal? A quem interessa ver tanta gente a viver nos e dos aterros sanitários, como se verifica nas províncias, ou seja, nos municípios de Lobito e de Benguela? A quem interessa ver tanta gente pobre a comerem do lixo, a fazerem dos contentores o seu espaço de ganha-pão? A quem interessa?", Questionou, assegurando que só pode haver ignorância da parte de quem não dá valor ao povo, porque não é tempo de eleições.
Infraestrutura
Canjamba recomenda o executivo de Luís Nunes para retirar com urgência e criar condições de habitabilidade das populações que vivem nos prédios do Município do Lobito na zona do Africano e dos Cooperantes em Benguela, por entender que estes representam um grande perigo tendo em conta o estado da sua degradação.
“O governador sabe destes problemas, os Administradores municipais sabem, conhecem o problema, porém, nada se faz para proteger as vidas dos ocupantes destes prédios” reforçou, questionando o seguinte:
“Assim, nós perguntamos mais uma vez: o governo de Benguela está a esperar o quê? Está a esperar o pior? Está a aguardar pela derrocada destes prédios para colocarem vida, em causa digo, a vida dos habitantes para depois irmos atrás do prejuízo?”
Entende Cajamba José que é tempo de agir porque na verdade, tem nas centralidades na Baia Farta, na Catumbela e no Lobito, residências desocupadas e a degradarem-se por não haver ocupantes.
“Para não falarmos do projeto dos Cajueiro que está bem aí no Lobito e eternamente desocupado”, disse.
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