TRABALHADORES EVENTUAIS DA SAÚDE SEM SALÁRIOS HÁ MAIS DE UM ANO NA MATALA

 Huíla: Um total de catorze trabalhadores eventuais, que exercem essa actividade há onze anos no centro de Saúde de referência no município da Matala, província da Huíla, contratados pela Administração local do Estado, estão a mais de um ano sem salários.



Redação: Belchior Chicomo / Huíla

Fonte: MC   

A denúncia foi apresentada ao jornal Na Mira do Crime, manifestando a Insatisfação de dois referidos trabalhadores, que consideram os salários que recebem como irrisório, agravando-se ainda mais com os atrasos, ou falta de pagamentos regulares.

Para se ter uma ideia, um enfermeiro, técnico médio, aufere cerca de 35 mil kwanzas, valor que, actualmente, não chega para satisfazer as necessidades básicas.

"Prestamos o mesmo serviço com relação aos trabalhadores efectivos, a Administração municipal do local e a direção da Saúde, respetivamente, haviam prometido anteriormente que seríamos enquadrados no sistema, mas até aqui, só ficou a promessa e na prática nunca se concretizou", queixam-se, os trabalhadores.

Os trabalhadores afirmam que já participaram duas vezes no concurso realizado pelo Ministério da Saúde, obtiveram notas aceitáveis de 14, 13 e 12 valores, mas, não foram admitidos.

"Neste último concurso participamos também, de igual modo tivemos notas aceitáveis e mesmo assim não tivemos abertura de ascensão, uma vez que já temos experiência de serviço", alegam.

Segundo os trabalhadores, no mês passado mantiveram um encontro com o administrador municipal da Matala, Miguel Vicente, que disse, "tínhamos que entregar alguma documentação para encaminhar ao Ministério da Saúde; concluída a entrega da documentação, em resposta o Ministério da Saúde devolveu os mesmos documentos dizendo que essa questão é da responsabilidade da Administração municipal da Matala", relataram.

Assim sendo, apesar do descontentamento, o pessoal tentou de novo rever o assunto com o administrador municipal, mas, "esperamos muito tempo e infelizmente, até ao momento nunca surtiu efeito", deploram os trabalhadores.

Continuando, explicaram que recorreram ao governo provincial da Huíla, na pessoa do governador Nuno Mahapi, "porém, este disse também que esse assunto é da responsabilidade da Administração municipal da Matala e, por várias vezes, solicitamos à administração local, mas até aqui não há resposta", frisaram.

"Queremos que resolvam o nosso problema o mais rápido possível, não se admite que nós, que estamos há um bom tempo de serviço com notas aceitáveis, não sejamos admitidos e aqueles que nunca exerceram a actividade, estão a ser os primeiros na admissão", acusam.

Os trabalhadores eventuais afirmam que neste sistema de concurso, "tem havido uma mão invisível, que tem ocultado os bons resultados de certas pessoas, para favorecer os inexperientes", concluíram.

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