DEPUTADOS DO MPLA COLHEM SUGESTÕES DE CIDADÃOS DE ICOLO E BENGO SOBRE A DIVISÃO DE LUANDA
Luanda: Os deputados da segunda comissão da Assembleia Nacional do grupo parlamentar do MPLA ouviram terça-feira, 30 de Julho, as sugestões da sociedade civil na vila de Catete, município do Icolo e Bengo, relativas a proposta da divisão político-administrativa da província de Luanda, que prevê congregar partes dos territórios de Viana, Cacuaco e Quiçama.
Fonte: Ang24h
Durante o encontro, orientado
pela deputada do MPLA, Rute Mendes, foram apresentadas propostas das
delimitações territoriais com os municípios fronteiriços, a elevação de algumas
comunas do Icolo e Bengo à categoria de municípios, bem como a fusão de outras
em uma.
Na sua intervenção, a deputada
começou por apresentar vários conceitos sobre "ordenamento", como
seja, o acto de gestão do planeamento que trata de potenciar as estruturas
existentes e assegurar a prevenção dos recursos limitados, que permitirá o
desenvolvimento a diferentes escalas, preservando o presente e potenciando o
futuro.
Disse que qualquer cidadão
facilmente consegue notar em Luanda, uma desordem no ordenamento do território,
com muitos conglomerados desordenados, pelo que o Estado deve intervir para uma
melhor assistência social.
Realçou que a proposta de
divisão de algumas províncias não é um mero exercício de dividir, porque a
organização política e administrativa do território, tem como objectivo,
definir os escalões territoriais por níveis, com vista a facilitar o exercício
da governação, aproximar os serviços da população e atender as necessidades
colectivas.
Justificou que se torna
inadiável a divisão de Luanda pelo facto de registar um índice populacional
elevado, cerca de 9 milhões, correspondentes a mais de 30 por cento da
população do país, o que torna difícil a sua gestão.
"Torna-se por isso
necessário reorganizar o actual território da província capital, com vista a
promover uma governação mais próxima e mais inclusa, onde cada cidadão sinta os
benefícios da governação", vincou.
Explicou que a reorganização
do actual território de Luanda procura aproveitar melhor a dinâmica de
crescimento das zonas norte e leste, nomeadamente os empreendimentos que estão
a surgir no município do Icolo e Bengo, como é o caso do Aeroporto Internacional
António Agostinho Neto (AIAAN), onde se projecta o surgimento de uma cidade
aeroportuária.
Pretende-se igualmente dar
maior visibilidade aos empreendimentos industriais da zona económica especial,
a requalificação da Muxima, na Quiçama, o pólo turístico do Cabo Ledo e as
cinturas verdes da Funda, Calumbo, Quiçama e da Quiminha.
Munícipes sugerem outro nome
para a nova província
O actual nome do novo
território provincial, proposto pelos deputados é Província do Icolo e Bengo e
grande parte dos presentes na reunião, entre representantes de partidos
políticos, denominações religiosas e autoridades tradicionais, são de opinião
que a nova circunscrição político-administrativa de Angola, passe a se chamar
Província de Cuanza Bengo, visando representar melhor a parte dos municípios
acoplados.
No essencial, as contribuições
dos membros da sociedade civil convergiram, quer na mudança do nome e quer na
fixação da sede provincial no Distrito Urbano de Catete, visando homenagear a
terra do fundador da nação angolana, António Agostinho Neto.
Por outro lado, outros
intervenientes discordam da divisão da província e sugerem que ao invés disso,
seja efectivada a implementação das autarquias locais, ou a potenciação das
administrações municipais e comunais, para melhor servirem a população.
Esse encontro realizou-se em
simultâneo nos nove municípios da província de Luanda, com o objectivo de
colher opiniões e sugestões sobre a futura nova província de Angola.
As propostas e sugestões serão
apresentadas em breve no parlamento, com o fito de determinarem de forma
consensual, as delimitações, toponímias, entre outras preocupações relativas a
futura província.
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