ISAÍAS SAMAKUVA – O PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO É UMA PESSOA QUE EU VI A CRESCER, ÉRAMOS VIZINHOS, EU SOU UM POUCO MAIS VELHO QUE ELE, CONHEÇO OS PAIS
Luanda: “O
Presidente João Lourenço é uma pessoa que eu vi a crescer, éramos vizinhos, eu
sou um pouco mais velho que ele, mas os meus irmãos, enquanto vizinhos, eram
mais próximos, conheço os pais”, destacou o ex-líder da UNITA, maior partido na
oposição angolana, que defendeu esta terça-feira, 6 de Julho, a necessidade de
os angolanos dialogarem e conviverem, realçando que é antiga a sua amizade com
o Presidente da República, João Lourenço.
Fonte: Club K
Isaías
Samakuva, que falava em conferência de imprensa sobre a Fundação Jonas Malheiro
Savimbi, da qual é o coordenador-geral, foi questionado sobre a sua facilidade
em ser recebido pelo Presidente, ao contrário do que acontece com o atual líder
da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto Costa
Júnior.
Segundo
Isaías Samakuva, “de certo modo é complexo de inferioridade” alguém pensar que
conviver com pessoas do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA),
partido no poder, significa que “já se vendeu”.
“O Presidente João Lourenço é uma pessoa que eu vi a crescer, éramos vizinhos,
eu sou um pouco mais velho que ele, mas os meus irmãos, enquanto vizinhos, eram
mais próximos, conheço os pais”, referiu, frisando que as posições que cada um
defende não podem torná-los inimigos.
Isaías
Samakuva disse que as audiências que solicitou foram atendidas pelo Presidente
e que chegou a perguntar a João Lourenço por que razão não recebe Adalberto
Costa Júnior.
De acordo
com Isaías Samakuva, o chefe de Estado angolano respondeu-lhe que nunca recebeu
nenhum pedido de audiência de Adalberto Costa Júnior.
“Você
pediu, eu estou a recebê-lo, quem me pede esta casa está de portas abertas”,
frisou o político, acrescentando que todas as vezes que foi recebido por João
Lourenço fez um relatório a reportar tudo que abordou com o Presidente,
“inclusive esta questão” de que o líder da UNITA nunca pediu audiência, “se
não, ele recebia”.
O antigo líder da UNITA reafirmou que enquanto os cidadãos forem identificados
pela cor da camisola política o país não será desenvolvido e próspero.
Desde que
deixou a liderança do partido, em 2019, Isaías Samakuva disse que preferiu
recolher-se para dar espaço aos outros que precisavam de "se afirmarem”, e
para descansar, negando divergências com a direção da UNITA.
“Eu
preciso agora de me concentrar naquilo que estou a fazer e eu cheguei a dizer
mesmo isso ao presidente da UNITA no dia 03 de maio do ano passado. Portanto,
[sobre] a minha relação [com o partido] eu não tenho problemas”, referiu.
“Cumpri
com o meu consulado, achei que depois de 16 anos de trabalho, de dormir curtas
noites de três horas, de falta de tempo para os meus filhos, para a família,
precisava de descanso, de um lado; de outro lado, era preciso deixar também
espaço para os outros”, acrescentou.
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