MPLA VOTA FAVORÁVEL E UNITA VOTA CONTRA. RELATÓRIO DE EXECUÇÃO REFERENTE AO IV TRIMESTRE DE 2023 FOI APROVADO
Luanda: O Projecto de Resolução sobre a Apreciação do
Relatório de Execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) referente ao IV
Trimestre de 2023 foi, esta sexta-feira, 19 de Julho, aprovado pelos deputados
à Assembleia Nacional (AN), com os tradicionais votos contra da UNITA.
Fonte: JA
A votação do
documento, que ocorreu durante a 7.ª Reunião Plenária Ordinária, passou com 98
votos a favor do MPLA, 63 contra da UNITA e duas abstenções.
O secretário
de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel Carvalho dos Santos, que
apresentou o relatório, referiu que, no âmbito da execução orçamental, o OGE de
2023 apresentou uma estimativa de receita e despesa autorizada no valor de
20,10 biliões de kwanzas.
No IV
Trimestre de 2023, avançou, a receita total arrecadada cifrou-se em 4,66
biliões de kwanzas, correspondendo a uma execução de 23 por cento da receita
anual estimada e uma ligeira redução de 4 por cento, em comparação com o
período homólogo.
Em relação às
Receitas Correntes, Ottoniel Carvalho dos Santos disse que totalizaram 3,39
biliões de kwanzas e registaram uma execução de 25 por cento sobre a receita
anual estimada, representando um peso de 73 por cento sobre a receita total
arrecadada.
As Receitas
Correntes, acrescentou, registaram uma redução de cerca de 7 por cento face ao
período homólogo, influenciadas pela redução da arrecadação das receitas
petrolíferas, fruto da diminuição da quantidade de crude exportado e do preço
médio do petróleo face ao praticado no IV Trimestre de 2022.
Já sobre as
Receitas de Capital, Ottoniel Carvalho dos Santos referiu que, no trimestre
analisado, as mesmas ascenderam ao valor de 1,27 biliões de kwanzas,
correspondendo a uma execução de 19 por cento, face ao valor anual estimado, e
uma participação sobre a receita total do Trimestre de 27 por cento.
Comparativamente
ao período homólogo, prosseguiu, as receitas de capital registaram um aumento
na ordem dos três por cento, justificada, essencialmente pelo aumento observado
nas receitas de Financiamentos, de Transferências de Capital e nas Alienações, sendo
que os financiamentos internos reduziram em cerca de 110%, enquanto os
financiamentos externos aumentaram 161por cento.
O responsável
sublinhou, por outro lado, que as Receitas de Financiamentos, internos e
externos, registaram uma arrecadação na ordem dos 1,27 biliões de kwanzas,
atingindo uma execução de 19 por cento em relação à receita anual prevista para
a referida categoria, uma participação de 27 por cento sobre a receita total, e
uma variação homóloga na ordem de três por cento. As Receitas de Alienações,
por seu turno, registaram uma arrecadação de cerca de 3,96 mil milhões de
kwanzas, representando uma execução de 16 por cento face ao valor total
estimado e uma variação positiva de 13 por cento face ao período equivalente.
Declaração de voto
O deputado da
Bancada Parlamentar do MPLA Kilamba Van-Dúnem, que apresentou a declaração de
voto, referiu que votaram favoravelmente ao Projecto de Resolução sobre a
Apreciação do Relatório de Execução do Orçamento Geral do Estado do IV
Trimestre de 2023 por entenderem que a mesma traduz, de forma detalhada, as
demonstrações orçamental, financeira e patrimonial do Estado angolano, no
período em consideração, em mais um exercício de controlo e fiscalização às
contas públicas que, nos termos da lei, compete à Assembleia Nacional.
No mesmo
sentido, reconheceu que se registaram algumas insuficiências, que deverão
merecer uma melhor atenção do Executivo.
"Esperamos
um contínuo crescimento em termos de qualidade da informação, no que à
prestação de contas diz respeito, e auguramos que o Executivo tenha em óptima
nota as pertinentes recomendações da Assembleia Nacional e do Tribunal de
Contas, na perspectiva de serem equacionados em futuros exercícios, para
podermos aproximar-nos cada vez mais da excelência no tratamento destas
matérias, em prol da defesa dos legítimos interesses do povo angolano”,
alertou.
Ana Bela
Sapalo, do Grupo Parlamentar da UNITA, explicou que o partido do "Galo
Negro” votou contra porque o ano económico em referência (2023) foi
caracterizado por um total desequilíbrio das contas públicas.
BENGUELA7 A
NOTÍCIA EM TEMPO REAL
Comentários
Enviar um comentário