VENEZUELA: COMISSÃO ELEITORAL PROCLAMA VITÓRIA DE MADURO, OPOSITOR PROTESTA E DIZ QUE VAI MOSTRAR PROVAS NAS PRÓXIMAS HORAS DE COMO DERROTOU MADURO
Mundo: Após a proclamação da vitória de Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela, muitos manifestantes foram às ruas de Caracas, capital do país, para protestar pelo resultado, nesta segunda-feira, 29 de Julho.
O resultado das eleições foi anunciado com 80% das urnas apuradas, fazendo líderes internacionais levantarem questionamentos. Os manifestantes fizeram barricadas, queimaram pneus e entraram em confronto com a polícia. Além disso, ocorreram panelaços e cartazes de campanha de Maduro foram queimados.
"A diferença foi tão grande, tão grande". Líder da oposição vai mostrar provas nas próximas horas de como derrotou Maduro
Opositora explicou que todas
estas atas foram verificadas e digitalizadas, para serem publicadas num portal
de Internet robusto que “vários líderes globais já estão a consultar” e que
será público nas próximas horas
A líder anti-chavista Maria
Corina Machado garantiu na segunda-feira, 29 de Julho, que a oposição tem meios
para provar a “vitória
esmagadora” do seu candidato Edmundo Gonzalez Urrutia nas eleições
presidenciais sobre Nicolás Maduro, que foi proclamado reeleito pelas
autoridades venezuelanas.
“Temos 73,20% das atas e, com
este resultado, o nosso presidente eleito é Edmundo González Urrutia (...) A
diferença foi tão grande, tão grande, a diferença foi esmagadora, a diferença
estava em todos os estados da Venezuela", frisou a ex-deputada, ao lado de
Edmundo González Urrutia, líder da Plataforma Unitária Democrática (PUD), o
maior bloco da oposição.
Machado indicou que, de acordo
com 73,20% das atas, Maduro obteve 2.759.256 votos, enquanto González Urrutia
6.275.182.
A opositora explicou que todas
estas atas foram verificadas e digitalizadas, para serem publicadas num portal
de Internet robusto que “vários líderes globais já estão a consultar” e que
será público nas próximas horas, para que todos possam ver as “provas de
vitória" de González Urrutia.
Por seu lado, o ex-embaixador
prometeu que “a vontade manifestada ontem (domingo) através do seu voto” será
“respeitada, esse é o único caminho para a paz”.
“Temos nas mãos os registos
que demonstram a nossa vitória categórica e matematicamente irreversível”,
afirmou o candidato, que agradeceu à comunidade internacional a sua
solidariedade e apoio.
O Conselho Nacional Eleitoral
(CNE) da Venezuela proclamou na segunda-feira oficialmente como Presidente
Nicolás Maduro, apesar das dúvidas sobre a sua reeleição, que tem sido
rejeitada pela oposição e parte da comunidade internacional.
Nas eleições de domingo,
Maduro enfrentou o candidato maioritário da oposição, Edmundo González Urrutia,
e outros oito candidatos.
Nicolás Maduro reagiu
de imediato ao ato de proclamação do CNE, realçando que alcançou a proeza de
ter derrotado "o fascismo" nas eleições de domingo.
No domingo à noite, o CNE
anunciou que o Presidente cessante Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro
mandato consecutivo de seis anos com 51,20% dos votos.
Maduro obteve 5,15 milhões de
votos, à frente do candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve
pouco menos de 4,5 milhões de votos (44,2%), de acordo com os números oficiais
anunciados.
Entretanto milhares de
venezuelanos saíram na segunda-feira às ruas de Caracas e de várias regiões do
país para protestar contra os resultados anunciados pela CNE, ações em que, em
várias delas, houve repressão por parte dos militares.
Vários países já felicitaram
Maduro pela vitória, como Rússia, Nicarágua, Cuba, China e Irão, mas outros
Estados da comunidade internacional, e reconhecidos como democráticos,
demonstraram grande preocupação com a transparência das eleições na Venezuela.
Foi o caso de Portugal,
Espanha ou Estados Unidos.
Nove países latino-americanos
- Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República
Dominicana e Uruguai - pediram hoje uma “revisão completa” dos resultados
eleitorais na Venezuela, país que conta com uma significativa comunidade de
portugueses e de lusodescendentes.
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Machado
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