EUA A FAVOR DE DOIS ASSENTOS PERMANENTES PARA ÁFRICA NO CONSELHO DE SEGURANÇA
ONU: Os Estados Unidos de América,
apoiam a criação de dois assentos permanentes para os países Africanos no
Conselho de Segurança das Nações Unidas e de um assento rotativo para os
pequenos países insulares. Esta decisão a ser oficializada nesta quinta-feira
pela embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, surge numa altura
em que Washington diz pretender avançar no dossier da reforma das instituições
das Nações da ONU.
Fonte: RFI
A decisão dos Estados Unidos de América (EUA), colocarem novamente em cima da mesa a questão da reforma das instituições das Nações Unidas, surge numa altura em que Washington procura melhorar as suas relações com o continente africano, onde numerosos países condenam o seu apoio à ofensiva israelita nos territórios palestinianos. Com esta proposta, os Estados Unidos também pretendem consolidar os elos com as nações do Pacífico, no intuito de evitar o alastramento da influência da China nessa região do mundo.
Vários países de África, nomeadamente Angola, reclamam há muito tempo assentos permanentes no Conselho de Segurança, a instituição mais poderosa das Nações Unidas.
Washington é favorável há anos à entrada da Índia, Japão e Alemanha como membros permanentes do Conselho de Segurança.
Contudo, em declarações à agência noticiosa Reuters, a embaixadora Linda Thomas-Greenfield referiu que os Estados Unidos não querem que um direito de veto seja atribuído a mais nenhum país para além dos cinco membros que actualmente dispõem dessa prerrogativa, a Rússia, China, França, Grã-Bretanha e os Estados Unidos.
Ainda antes do anúncio formal da posição americana, ao ser igualmente questionado pela Reuters, o Secretário-geral das Nações Unidas António Guterres, disse concordar com uma reforma do Conselho de Segurança, entidade que ainda hoje "corresponde exactamente à situação pós-segunda Guerra Mundial", sendo que na sua ótica, o Conselho tem "um problema de legitimidade, um problema de eficácia, e precisa ser reformado".
Para já, não se sabe estas
propostas dos Estados Unidos se podem produzir efeitos, dado que as discussões
em torno das reformas das Nações Unidas não deram qualquer resultado até agora.
Refira-se que qualquer mudança na estrutura do Conselho de Segurança precisa
ser ratificada na Carta das Nações Unidas, o que implica uma aprovação por pelo
menos dois terços dos 193 Estados membros da Assembleia geral e nomeadamente
pelos cinco países com direito de veto no Conselho.
Em setembro de 2022, o
Presidente Joe Biden apoiou a reforma do Conselho, apoiando os pedidos de
lugares permanentes para África e América Latina, sem dar detalhes.
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