SINDICATO DOS JORNALISTAS DE ANGOLA E TRABALHADORES DA REFINARIA DE LUANDA DESVINCULAM-SE DA CG-SILA
Luanda: O sindicato dos
jornalistas de angola e grupo de trabalhadores em Regime de Cedência Temporária
na Sonangol-E.P Refinaria de Luanda, deram um “xeque-mate” a Central Geral dos
Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CG-SILA), por não inspirar
confiança entre os associados.
Fonte: Benguela7 / Club-k
Para além de não inspirar confiança entre os associados, o abuso do poder, o não cumprimento dos Estatutos e falta de transparência na gestão, são entre vários motivos que levou a SJA e o colectivo de trabalhadores em regime de cedência a deliberar, em Congresso de Setembro último, a suspensão do seu vínculo à CGSILA.
“O mandato da actual direcção cessou em setembro de 2023, na medida em que foi eleito em 2019, na sequência do Congresso Extraordinário. Nos termos dos Estatutos da CGSILA é permitido dois mandatos. Ora, a actual direcção já no final do seu mandato (em Junho) convocou um Congresso Extraordinário e alterou os Estatutos, tendo acabado com os limites de mandatos. Na mesma revisão, foram extintos alguns órgãos dentre os quais o Presidente da CGSILA” lê-se na nota de esclarecimento, a que o Benguela7 teve acesso.
Segundo o SJA cabia ao Presidente
da CGSILA a quem competia convocar as reuniões do Comité Nacional e o
Congresso. Tendo sido extinto o Órgão Presidente da CGSILA deviam essas competências
serem acometidas a outro órgão. No entanto, os Estatutos Revistos não acometem
essas funções a nenhum órgão.
Outro sim, lê-se no documento, os órgãos eleitos no Congresso de 2019, cujo mandato cessou na mesma altura que o do Secretário-Geral da CGSILA, ao invés de cessarem as funções depois da eleição de outros órgãos, cessaram em virtude da revisão dos Estatutos. Ora, tendo sido eleitos na mesma altura em que foi o Secretário-Geral, teriam cessado não em virtude da revisão dos Estatutos, mas por caducidade do mandato.
” Sem
que os Estatutos Revistos conferissem competências ao Secretário-Geral, este
avocou estas competências e passou a praticar actos como convocar o Comité
Nacional, quando os Estatutos não lhe conferem essas competências” segundo
a nota de esclarecimento.
A nota esclarece que na primeira
reunião convocada, os membros do SJA ao Comité, levantaram estas violações e
consideraram que àquela reunião não tinha validade na medida em que tinha sido
convocada por um órgão que não tinha competência para o efeito.
“Por isso, abandonamos a
reunião pelo o facto os membros de todos outros sindicatos presentes no
encontro, que a título de convidado, contou com a presença de Miguel Filho,
ex-secretário do SIMPROF, e pelo Sindicato dos Jornalistas estiveram, Teixeira
Cândido, e a Luísa Rogério e Avelino Miguel (todos presentes neste grupo e que
podem atestar o que afirmo).” relata o documento.
Quanto às quotas, as Centrais
Sindicais recebem uma dotação financeira do Estado, estes valores são para
apoiar as actividades dos sindicatos filiados na central. O Sindicato dos
Jornalistas, na pessoa do seu então secretário-geral, Teixeira Cândido, propôs
ao secretário-geral da CGSILA para que este tivesse o apoio devido ao SJA em
nome das quotas.
Dito de outro modo, o apoio devido ao SJA devia ser revertido em quotas do SJA à CGSILA, proposta está prontamente aceite. Assim tem sido desde então. Portanto, as razões da deliberação do SJA prendem-se com a violação dos Estatutos da CGSILA, e não outra qualquer. A suposição avançada pelo Secretário Geral da CGSILA não tem qualquer cabimento. Como disse, todos outros colegas representantes do SJA, assim como o Sindicato dos Professores Universitários, SIMPROF e outros.
BENGUELA
7 A NOTÍCIA EM REAL
Comentários
Enviar um comentário