"FLUXO DAS ARMAS PARA O SUDÃO DEVE PARAR" EXORTA O SECRETÁRIO -SECRETÁRIO DA ONU
Onu: O fluxo de armas para o Sudão, devastado desde Abril de 2023 por uma guerra que provocou dezenas de milhares de mortos e cerca de 12 milhões de deslocados, "deve parar", exortou nesta sexta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao descrever uma "crise humanitária sem precedentes no continente africano", com várias regiões do país a passar fome, sem que haja sinais de uma qualquer acalmia.
Fonte: RFI
No âmbito de uma conferência sobre a situação no Sudão organizada em Addis Abeba pela União Africana e pela Etiópia, o Secretário-Geral da ONU vincou que "os civis devem ser protegidos, o acesso humanitário seguro deve ser facilitado e o fluxo de armas deve parar", enquanto o presidente da Comissão da União Africana, Mussa Faki Mahamat, por sua vez, apelou "todas as partes a cessar as hostilidades imediata e definitivamente".
Também presentes nesta reunião, os Emirados Árabes Unidos que têm sido acusados por Cartum de apoiar os paramilitares em guerra contra o exército -acusações rejeitadas pelos interessados- pediram uma "pausa humanitária" durante o Ramadão.
"Esperamos que, com esta pausa humanitária, possamos fornecer ajuda sem obstáculos para aqueles que mais precisam, especialmente mulheres e crianças que sofrem de forma sem precedentes", disse Reem al-Hashimy, ministro de Estado responsável pela cooperação internacional dos Emirados.
Por outro lado, este país também se comprometeu nesta sexta-feira a pagar mais 200 milhões de Dólares de ajuda humanitária ao país, sendo que a Etiópia prometeu 15 milhões e o Quénia um milhão de Dólares.
Na passada terça-feira, a União Africana classificou a guerra civil no Sudão como "a pior crise humanitária do mundo".
Os confrontos vigentes desde Abril de 2023 entre os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FSR), de Mohamed Hamdane Daglo e o exército do general Abdel Fattah al-Burhane, dois antigos aliados que se tornaram inimigos, provocaram dezenas de milhares de mortos e cerca de 12 milhões de deslocados segundo a ONU.
Enquanto o exército controla o leste e o norte do Sudão, os paramilitares mantêm o controlo sobre quase toda a região do Darfur no oeste do país onde vive um quarto dos 50 milhões de habitantes do Sudão.
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