OS QUARTOS COMISSÁRIOS DA UNITA VÃO AO PARLAMENTO TOMAR POSSE PARA OCUPAREM OS SEUS LUGARES NA CNE

 Luanda: Os quatro comissários da UNITA com assento na Comissão Nacional Eleitoral (CNE) vão mesmo tomar posse na quinta-feira, 19 de Junho, na Assembleia Nacional, durante a 6ª reunião plenária ordinária da 3ª Sessão Legislativa da V Legislatura, depois de esgotados todos os argumentos junto do Tribunal Constitucional.



 Fonte: Ang24h 

"O MPLA não respeitou a "verdadeira" composição da Comissão Nacional Eleitoral resultante das eleições de 2022, e, tendo sido esgotados todos os argumentos no que diz respeito ao recurso que a UNITA apresentou ao Tribunal Constitucional, os comissários vão mesmo tomar posse", disse ao Novo Jornal, uma fonte do Grupo Parlamentar da UNITA.


"Com base nos resultados eleitorais de 2022, a UNITA teve um crescimento de 39 deputados, o que representa um aumento de mais assentos na CNE, o partido não podia ficar neste órgão com apenas quatro comissários", acrescentou.


"A violação da Lei por parte do MPLA é permanente, mas não vamos continuar a tolerar estas irregularidades que atropelam a Constituição da República de Angola e ameaçam a democracia", salientou.


A Assembleia Nacional agendou para quinta-feira, 19, a realização da 6ª reunião plenária ordinária da 3ª Sessão Legislativa da V Legislatura, que inscreve 10 pontos na ordem do dia, com destaque para a designação dos novos membros da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), na sequência de dois acórdãos do Tribunal Constitucional.


A UNITA é o único partido que ainda não designou os seus representantes na CNE, visto que estava à espera de uma decisão do Tribunal Constitucional.


Uma deliberação da Assembleia Nacional atribui nove lugares ao MPLA, quatro à UNITA e um representante indicado por cada um dos outros três partidos com assento parlamentar, nomeadamente o Partido da Renovação Social (PRS), o Partido Humanista de Angola (PHA) e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA).


A UNITA contestou esta distribuição, alegando que viola os princípios de equilíbrio institucional e proporcionalidade, por considerar que a oposição, no seu conjunto, deveria ter mais representação, tendo em conta a sua expressão eleitoral global e não apenas o número de assentos parlamentares individualmente.


O TC rejeitou os dois pedidos apresentados pelo grupo parlamentar da UNITA sobre a composição da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), abrindo caminho à designação dos novos membros por parte da Assembleia Nacional.


Os juízes conselheiros do TC afastaram as pretensões do maior partido da oposição, que interpôs uma providência cautelar e uma acção de impugnação contra a distribuição de comissários na CNE aprovada pela maioria parlamentar do MPLA, em dois acórdãos distintos.


No acórdão 990/2025, sobre a providência cautelar que a UNITA interpôs para tentar suspender a votação da resolução parlamentar acerca da composição da CNE, o tribunal declarou a acção extinta por "inutilidade superveniente da lide", uma vez que a resolução foi entretanto votada.


No segundo acórdão (994/2025), o plenário do tribunal rejeitou, por unanimidade, a acção de impugnação da Resolução n.º 118/24, de 5 de Dezembro, que determina o número de membros da CNE por partido ou coligação, por considerar que "não se verifica qualquer ofensa à Constituição e à Lei". NJ

BENGUELA7 A NOTÍCIA EM TEMPO REAL 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

GOVERNADOR PROVINCIAL DE BENGUELA QUEBRA “JEJUM”, NOMEIA NOVOS ADMINISTRADORES MUNICIPAIS

DEPUTADOS DA UNITA SUSPENSOS PELA PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL

CANDIDATO VENCIDO NO IX CONGRESSO DA JMPLA, ADILSON HACH DIZ DESCONHECER PROCESSO FRAUDULENTO