GREVE GERAL EM BENGUELA, ESTÁ NA ORDEM DOS 90 POR CERTO
Benguela: Arrancou na manhã desta quarta-feira, 20 de março, a greve geral dos trabalhares da função pública em todo país, convocada pelas centrais sindicais angolanas e que vai culminar na sexta-feira, 22, esta primeira fase.
Readação: Benguela7
Na província de Benguela, a aderência esteve acidam da ordem dos 90 por certo. Ronda efetuada pela nossa reportagem, constatou que vararias instituições escolares estiveram encerradas e os alunos estavam a voltar para suas casas porque nas escolas não há professores para dar aulas.
Adelino Sicaleta, secretário provincial Adjunto da União Nacional dos Trabalhadores de Angola, Confederação Sindical (UNTA-CS) e coordenador do estado-maior da Greve em Benguela, disse que a greve é um facto, mesmo nos municípios a sua aderência é massiva.
O sindicalista, lamenta o posicionamento de Custódio Cupelassa, secretário geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública, Saúde e Serviços de Angola (FSAPSSA), filiado à UNTA-CS, que desincentivou os seus filiados a não aderirem a greve, por alegada, que as negociações ainda estão dentro de um acordo com o Executivo angolano que partiu desde 2018 e que vai terminar no dia 31 de Julho do corrente.
Adelino Sicaleta, minimizou o posicionamento de Custódio Cupelassa e disse que as suas alegações não vinculam, porque sendo ele (Custódio Cupelassa), membro dos órgãos colegial, quando se começou a tratar desse assunto no ano passado, ele estava presente e o caderno reivindicativo foi elaborado com base nas preocupações dos trabalhadores.
“Ele é fiado à UNITA. E faz parte aos órgãos colegiais e a seu tempo esses órgãos vão se pronunciar”, advertiu.
Por seu turno, Francisco Viana, secretário provincial da Força Sindical em Benguela, enfatizou que os trabalhadores aderiram em massa à greve geral.
Um dos responsáveis do SINPROF na escola BG 1348, Luís Gomes Sambo, uma das escolas de referência em Benguela, disse que na sua escola os homens do giz cumpriram com as orientações emanadas pelas centrais sindicais, cujo o lema: “Fica em Casa”.
Na ronda efetuada pela nossa reportagem logo pela manhã, do primeiro dia da greve, constatou que a escola do Instituto Médio de saúde, de Benguela os professores trabalharam, dando provas aos alunos.
Alguns alunos das escolas mostram-se agastados pela paralisação dos professores, mas que atiraram a culpa ao executivo de João Lourenço, que não está a resolver os problemas dos professores.
“Isso assim não está bom. No meio disso tudo, quem fica prejudicado somos nós”, clamaram os alunos, que dão razão aos homens do giz, porque também intende que a situação social do país está uma lastima, o kwanza perdeu o seu valor.
“As coisas estão muito caras. O dinheiro hoje não tem valor. É melhor mesmo que aumentam o salário dos professores”, disse o jovem Mauro.
Manucho, fez recordar quem é de direito de que para ser presidente da república, ministro, governador ou qualquer quadro, é preciso passar pela escola. Por isso, é preciso dar dignidade ao professor, disse.
Recorda-se que no caderno reivindicativo apresentado á entidade patronal, as centrais sindicais exigem o aumento do salário mínimo de 245.000 kwanzas o que valente a 268 euros. As centrais sindicais “exigem” igualmente redução do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho (IRT), que durante seis rondas negociais, desde dezembro passado, o executivo angolano não apresentou respostas plausíveis.
Fases da greve
A greve deve decorrer em três fases, com um primeiro
período de três dias entre 20 e 22 de março, um segundo entre 22 e 30 de abril
e um terceiro período de 03 a 14 de junho de 2024.
Exigência do aumento
As centrais sindicais começaram por exigir o aumento
do salário mínimo dos atuais 32.000 kwanzas (35 euros), para 245.000 kwanzas
(268 euros), proposta “flexibilizada”, entretanto, para 100.000 kwanzas (109
euros).
Sindicatos exigem a presença de
seus representantes no INSS
Adriano Manuel referiu ainda que os sindicatos exigem
também a presença de seus representantes no conselho de administração do
Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) angolano, recusada pelas
autoridades.
“Da proposta inicial (do salário mínimo nacional) nós
também flexibilizámos para 100 mil kwanzas e isso é que o governo não está a
dizer”, salientou, acrescentando que os sindicatos querem também participar na
gestão do INSS (Instituto Nacional de Segurança Social).
“O dinheiro do INSS é nosso e era bom que os trabalhadores também fossem aí representados”, argumentou.
BENGUELA7 A NOTÍCIA EM TEMPO REAL
Comentários
Enviar um comentário