LUÍS NUNES ENSAIA NOVO MODELO DE RECOLHA DE LIXO PARA BENGUELA E LOBITO
Benguela: O Governador Provincial de Benguela, Luís Nunes, com o objetivo de ensaiar o novo modelo de recolha de residio solido, procedeu na manhã desta sexta-feira 15 de Março, a entrega de 50 motorizadas de três rodas as Administrações Municipais de Benguela e Lobito, para reforçar o sistema de recolha de resíduos sólidos porta-a-porta.
Readação: Benguela7
Foram entregues 25 motorizadas para
cada Município, no âmbito do programa de melhoria do saneamento básico.
Na ocasião, o Governador disse que
estes meios vão contribuir para que as cidades do Lobito e Benguela estejam
mais limpas.
A recolha será efectuada através de
agentes e operadores licenciados para o efeito, por cada Administração
Municipal, cujos métodos de recolha e respectiva taxa de comparticipação mensal
varia de 800 a 1.500 kwanzas para as residências e 2.500 a 10.000 para os
estabelecimentos comerciais.
Reações
A UNITA, no seu pronunciamento publicado
na sua página oficial, diz que pedir lixo de um cidadão que está a fome, é no
mínimo desconhecer as suas necessidades primárias.
PRONUNCIAMENTO || do secretário Provincial
do partido UNITA em Benguela, Dr. Avelino Canjamba José, quanto as distribuições
das motorizadas.
Angolanas e Angolanos!
Povo de Benguela!
Antes de mais, estendemos o nosso
forte abraço de sexta-feira e um desejar de bom final de semana antecipado.
Na verdade, nós estamos a fazer
esse ponto de situação. Tendo em conta o cenário que nós acompanhamos, hoje na
nossa Provincial.
Assistimos à distribuição de meios
rolantes/ filho "Kaleluia" pelo governo de Benguela as administrações
de Lobito e Benguela.
Que segundo disse o governador,
servirão essas motorizadas de recolhas de lixos porta-a-porta, nestas
comunidades.
Ora, se essas iniciativas são
importantes e que deve merecer apoio de todos, importante ainda é observar a
pirâmide de Maslow. O pensador, estabeleceu na sua pirâmide as necessidades
básicas de um ser humano.
O que é facto, e que pedir lixo de
um cidadão que está a fome, é no mínimo desconhecer as suas necessidades
primárias. Até a onde nós sabemos, porque vivemos a caminhar nas comunidades.
O que é ainda fundamental é a baixa
dos preços para que os cidadãos deixem de sofrer e padecer a fome.
Lobito e Benguela, precisam com
maior veemência a distribuição de água potável ou corrente. Os povos precisam
sim a recolha de lixo para não prejudicar a sua saúde, mais há ainda a
necessidade de garantir a luz elétrica para que isto partícipe no combate a delinquência
nos nossos bairros escuros.
Pensamos nós que, o governador está
a responder uma preocupação que nós fazemos referência na necessidade da
recolha de lixo que se encontrava na escola nossa senhora no bairro da graça.
No entanto, ao invés do governador
colocar viaturas para saneamento básico a disposição da comunidade para recolha
de lixo o governador vem com motorizadas que não serão capazes de responder a
capacidade de produção do lixo.
Se essa iniciativa é importante,
mais é magra e pobre. Por quanto, nos sabemos que no tempo da COVID 19, já
havia motas cisternas de médio porte, já assistimos a desaparecer e até hoje
ninguém diz nada sobre aquelas motorizadas.
Quem há de sustentar os
combustíveis dessas motorizadas? As administrações municipais que não conseguem
pagar regularmente os salários das varredoras das ruas e tanto sacrifício fazem
com poeiras de baixo do sol? E algumas vezes com crianças no colo?
São essas administrações que vão custear
os combustíveis para circulação dessas motas todos os dias?
Como é que ficará também o salário
desses motoqueiros? O mesmo tratamento que as varredoras de ruas?
Ou desta vez o governo de Benguela
vai assistir pontualmente a estas comunidades transportadores de lixo?
De quem é o negócio? Porque se for
do Estado, que haja prestações de contas para nós acompanharmos e fiscalizar,
afinal diz-nos respeito enquanto cidadão.
Ora, senhor governador, é
importante que haja preocupação com o lixo, é importante sim. Repito.
É fundamental que haja sim o
combate aos focos de lixo nas comunidades.
No entanto, é preciso saber
estabelecer a prioridade, pois, entre o importante e prioritário, eu penso que
deveríamos olhar ao prioritário. Que não é a compra de motas para recolha do
lixo residencial.
Porém, como é o governo que temos,
que tudo faz para pensar pouco quando se trata assistir e assegurar a
comunidade. Fica a iniciativa no ar e a reflexão. É assim que temos que andar?
Quando os senhores vão passear nas grandes cidades, assistem essas iniciativas?
E quando de trata responder as
preocupações dos Angolanos, passa-se do lado da fome para ir responder à
questão do lixo porta-a-porta?
O senhor governador pensou nas
casas que ficam nas margens das ruas, e como que ficam as residências que ficam
em zonas longínqua?
São também essas motorizadas que lá
irão?
Qual é o destino último destas
motorizadas?
Porque seguramente dentro de três
meses, tenho dúvidas que estas motorizadas possam a circular.
BENGUELA7 A NOTÍCIA EM TEMPO REAL
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