CASO DE MALARIA EM ANGOLA BAIXA DE 12 MIL PARA NOVE MIL ENTRE 2022 E 2023
Luanda: Dados apresentados na 2.ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional de Luta Contra o VIH/SIDA e Grandes Endemias (CNLS-GE), nesta segunda-feira, 15 de Abril, indicam que os casos de malária, no país, diminuíram de 12 mil para 9 mil entre 2022 e 2023.
Fonte: GA
De acordo com o comunicado saído da reunião, orientada pela Vice-Presidente
da República, Esperança da Costa, apesar do aumento dos casos de malária, os
óbitos relacionados com a malária diminuíram com o aumento do acesso aos
cuidados de saúde, ao diagnóstico precoce e ao tratamento oportuno.
O desafio das autoridades é reforçar as acções de controlo vectorial a nível
local, continuar a mobilização de recursos financeiros e a formação contínua de
quadros.
A comissão também examinou os dados relativos à Tuberculose, com uma queda no
número de casos e de mortes entre 2022 (69.252 casos e 1.010 mortes) e 2023
(68.268 casos e 503 mortes). Além disso, constatou-se um aumento na eficácia do
tratamento, mediante a expansão da testagem, a introdução do “DOT comunitário”
e a coordenação de acções entre os vários sectores.
Os dados sobre a Tripanossomíase também foram analisados durante a reunião.
Entre os ganhos registados, destacam-se o reforço da luta antivectorial
integrada com a questão da mobilidade nos municípios endémicos, o aumento das
expedições do rastreio activo às zonas recônditas e a introdução do diagnóstico
molecular da doença do sono no Instituto de Combate e Controlo da
Tripanossomíase.
Os ministérios da Saúde e da Agricultura e Florestas, em colaboração com os
governos provinciais e as administrações municipais, estão a fortalecer
parcerias para controlar a mosca e os reservatórios, visando a eliminação da
incidência para 1/10.000 habitantes ao longo de cinco anos, uma vez que o país
registra actualmente uma incidência de 5/10.000 habitantes, como reflexo das
medidas já adotadas até o momento.
No que diz respeito ao VIH/SIDA, foi apresentado o VII Plano Estratégico
Nacional da Resposta ao VIH/SIDA, Hepatites Virais e Outras Infecções de
Transmissão Sexual para o período 2023-2026, que visa reduzir as novas
infecções pelo VIH e a mortalidade relacionada à SIDA, além de mitigar os
determinantes sociais que agravam a epidemia.
O documento aponta um universo de 310 mil pessoas que vivem com VIH no país,
incluindo 35 mil crianças entre os zero e 14 anos, 190 mil mulheres, 15
mil novas infecções e 13 mil mortes relacionadas com a SIDA.
Actualmente, trabalha-se para alcançar as metas 95/95/95 de diagnóstico,
tratamento e supressão da carga viral, de acordo com o comunicado.
A comissão assinalou a importância de acções coordenadas multissectoriais, da
participação comunitária, especialmente para atender às populações vulneráveis,
e da implementação do Plano Estratégico de Eliminação do VIH/SIDA em crianças
até 2030.
O VII Plano Estratégico Nacional da Resposta ao VIH/SIDA, Hepatites Virais e
Outras Infecções de Transmissão Sexual tem como objectivo reduzir as novas
infecções pelo VIH, a mortalidade relacionada à SIDA e eliminar o estigma e a
discriminação associados à doença.
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