NOVA LÍDER DO BD EM BENGUELA DIZ QUE OS 22 ANOS DE PAZ, AINDA NÃO SE REFLETE NO “BOLSO” DO CIDADÃO
Benguela: A nova secretária Província do Bloco Democrático em Benguela, disse que os 22 anos de paz, ainda não se reflete no bolso do cidadão, embora recolhesse que muito já foi feito, sobretudo a aposto do executivo angolano nas infraestruturas.
Fotografia: Bernardo AngolanoReadação: Benguela7
Adília Calongole Singue, nova
secretária provincial do Bloco Democrático em Benguela, fez saber que em Angola,
“temos paz do calar das armas”, olhando pelo tecido social das pessoas, ainda
está além do que se esperava, sublinhando a fome, a miséria, o desemprego,
entre outras situações estão a fustigar os cidadãos.
A líder partidária reconhece por outro lado que há algumas melhorias no ramo da construção, olhando pelas infraestruturas do país.
“Mas essas infraestruturas como: escolas, hospitais, não têm condições para atender a população. Eu me refiro a minha província de Benguela, que tem os bairros 11 de novembro, 4 de abril, seta Nova, Calossombecua 1 e 2, só para citar esses, tem apenas um posto de saúde para atender todo esses bairros. E os cidadãos recorrem ao hospital municipal que muitas das vezes não tem a capacidade de atendimento e falta sempre medicamentos”, disse.
A líder partidária defende mais unidades de saúde emergências nas zonas recônditas da província para acudir a demanda das populações que vivem naqueles bairros.
Adília Calongole Singue, fez saber igualmente que a maioria dos cidadãos que vivem nesses bairros citados, vivem em condições precárias e que têm o mercado informal 4 de Abril como sustento das suas famílias, disse, lançando críticas ao governo de Luís Nunes, que não consegue olhar pela essas situações toda.
Segurança pública
No capítulo de segurança pública, a nova líder do BD, disse que a criminalidade está em alta em Benguela, principalmente nos bairros já citados, sem pôr de lado os outros bairros, que no calar da noite, a partir das 18 horas é risco circular. Para ela, uma das causas é a falta de iluminação pública que as mesmas zonas não têm.
“No bairro do 4 não podes tirar a tua mota, os delinquentes assaltam-te logo”, lamentou, dizendo que a criminalidade está até dentro da cidade de Benguela. A olhos nus, no pleno dia, o cidadão é assaltado e tirado os seus pertences.
Causa da criminalidade
Adília Calongole Singue não tem dúvidas de a causa da criminalidade, é a fome e falta de emprego. A líder do BD lançou desafio ao governo para abrir portas de emprego para a juventude. Se assim fizerem, Adília, não tem dúvidas que a delinquência vai parar porque os jovens estarão a trabalhar e não terão tempo de roubar.
“As pessoas estão a sofrer. Estão a passar mal. Até os funcionários públicos que não conheciam o que é a crise, agora também lamentam”, frisou, salientando que os funcionários são os mais devedores, estão a se endividar todos os dias, hipotecando os cartões de multicaixas. Para ela, tudo isto é por causa da má gestão da coisa pública.
Novo modelo de recolha de lixo é um fiasco
Questionada sobre o novo modelo de recolha de lixo, lançado recentemente pelo governador provincial Luís Nunes, a secretária provincial do Bloco Democrático, considera um “fiasco”, olhando no antigo modelo de recolha de lixo, que não surtiu efeito.
“Ainda não vi nenhuma moto no bairro a recolher lixo. Benguela continua a ser uma cidade cheia de lixo, vamos esperar para ver”, disse.
“Luís Nunes promete e as pessoas ficam animadas com as promessas e depois as promessas não se concretiza, porque as pessoas que estão enfrente dos projetos, gastam os dinheiros e depois tudo morre por ali”, críticou.
A líder partidária concluiu a sua entrevista cedida ao Benguela7 considerando que a cidade de Benguela está péssima e está pior que a província do Cuanza Sul, olhando pelas principais ruas da cidade com enormes buracos por tudo que é canto.
“Até aquele modelo de Rui Falcão, foi um pouco normal, mas, esse de Luís Nunes (…) acho que o cimento dele está fora do uso”, disse.
Fotografia: Arquivo Benguela7Vide interna do partido
A nova líder dos bloquistas na cidade das acácias rubras, Adília Calongole Singue, disse que o seu partido está a se “rejuvenescer”, e que neste momento está a fazer o trabalho de casa.
Disse ainda que Zeferino Kuvíngwa, estendeu o partido em todos os municípios, por esta causa, vai dar continuidade de expandir o partido nas localidades onde não existe a bandeira do Bloco Democrático.
Questionada se vai unir que está desunido, como fez menção no primeiro discurso já nas vestes de secretária provincial, Adília Calongole Singue, replicou dizendo que, “no partido há sempre quem não está contente. Por isso, o que vou unir o que está desunido, não importa que for”, defendeu.
Segundo a jovem política, todo aquele
que está em casa por qualquer motivo, vai a busca dele (a), o que se quer, é
olhar para frente, preparar o Bloco Democrático para os próximos desafios.
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