PRESIDENTE DO MPLA DESTACA OS GRANDES PROJECTOS EM FASE DE EXECUÇÃO
Luanda: Os grandes
projectos em fase de execução como a Barragem Hidroeléctrica de Caculo Cabaça,
os projectos Bita e Quilonga para reforço do abastecimento de água a Luanda,
que está com mais de 12 milhões de habitantes, os projectos de armazenamento de
água como o da Cova do Leão, Ndue e Calucuve, no Cunene, e Curoca, Curunjamba,
Giraul, Inamangando, Bero e Bentiaba, no Namibe, foram destacados pelo
presidente do MPLA, João Lourenço, no seu discurso de abertura da VI Sessão
Ordinária do Comité Central, esta sexta-feira, 19 de Abril.
Fonte: MPLA/Benguela
Camarada
Vice-Presidente do MPLA;
Camarada
Secretário Geral do MPLA;
Caros
Camaradas Membros do Comité Central do Partido;
Camaradas.
Realizamos
mais uma reunião do Comité Central do nosso Partido não por mero cumprimento do
calendário aprovado, mas para abordarmos questões concretas do panorama
nacional e que impactam na vida quotidiana do cidadão.
As
infra-estruturas são, em regra, dispendiosas, levam anos a ser construídas, mas
são necessárias para o desenvolvimento económico e social do nosso país.
Por isso,
o Executivo tem um ambicioso programa de construção ou reabilitação de
infra-estruturas portuárias, aeroportuárias, rodoviárias, de comunicações,
telecomunicações e espaciais, aproveitamentos hidroeléctricos e parques
fotovoltaicos para a produção de energia eléctrica, canais e barragens de
armazenamento de água no quadro do combate aos efeitos da seca no sul do país,
sistemas de captação e tratamento de água, refinarias de petróleo, unidades
hospitalares e infra-estruturas escolares, desportivas, culturais, habitação
social, entre outras.
Para esta
reunião do Comité Central, escolhemos como tema para debate o estado do sector
da energia e águas, a sua actual realidade e perspectivas para a sua melhoria
com os novos investimentos em vista.
Para não
me antecipar ao debate, deixem-me destacar apenas os grandes projectos em fase
de execução ou programados, como a Barragem Hidroeléctrica de Caculo Cabaça, os
projectos Bita e Quilonga para reforço do abastecimento de água a Luanda, que
está com mais de 12 milhões de habitantes, e os grandes projectos de
armazenamento de água como o da Cova do Leão, Ndue e Calucuve, no Cunene, e
Curoca, Curunjamba, Giraul, Inamangando, Bero e Bentiaba, no Namibe.
Mesmo não
tendo sido ainda concluída a Barragem Hidroeclétrica de Caculo Cabaça, o país
está a produzir já cerca de seis mil e quatrocentos megawatts, dos quais
estamos a consumir apenas metade.
Isso
chama-nos a atenção para a necessidade de, para além daqueles projectos de
produção de energia já contratados, haver a necessidade de priorizarmos, a
partir de agora, o investimento, de preferência privado, na transportação e
distribuição da energia produzida, para que possamos aumentar o consumo
industrial e doméstico e vender energia para os nossos vizinhos, injectando-a
na rede da SADC a sul do nosso país, assim como transportar para a região do
chamado coper belt na Zâmbia, numa extensão de 1.300 quilómetros a partir de
Laúca.
Estamos a
trabalhar numa solução inédita para levar a energia da rede nacional para
Cabinda, a partir do Soyo, e, com isso, descontinuar a utilização das centrais
térmicas, que são grandes consumidoras de combustíveis fósseis inimigas do
Ambiente.
Caros
Camaradas
No quadro
do combate contra a corrupção e em relação à recuperação de activos, ouvimos
ontem as declarações públicas do Procurador Geral da República quanto aos
esforços que a PGR está a fazer para a execução da pena contra um cidadão
angolano que tem activos de quase dois mil milhões de dólares americanos em
diferentes países e que, de acordo com a sentença do tribunal angolano,
revertem a favor do Estado angolano.
Para a
recuperação desses activos, estamos a trabalhar desde Dezembro de 2023 com as
autoridades da Confederação Helvética da Suíça, país onde grande parte desses
recursos estão domiciliados em bancos, sem que, até a data presente, tivéssemos
conseguido tê-los em nossa posse.
O
Executivo angolano é soberano para decidir o destino a dar a esses recursos,
ficando obviamente sujeito ao escrutínio das entidades angolanas competentes
definidas na Constituição e na lei.
No quadro
do mesmo combate contra a corrupção, num passado recente o país recuperou a seu
favor 500 milhões de dólares americanos que se encontravam em bancos do Reino
Unido. Na ocasião agradecemos as autoridades britânicas pela celeridade na
devolução dos activos, mas, sobretudo, por terem confiado na idoneidade e
seriedade do Executivo angolano e respeitado a nossa soberania.
Caros
Camaradas
Como fica
cada vez mais visível aos olhos de todos, estamos a fazer uma verdadeira
revolução no sector da saúde em todos os escalões de atendimento, embora
tenhamos ainda muito por fazer.
É
evidente que, para garantir a saúde dos angolanos, precisamos também de prestar
maior atenção ao saneamento básico das cidades e vilas, melhorar a dieta
alimentar dos cidadãos através do aumento da produção interna de bens
alimentares, de cereais, oleaginosas, tubérculos, hortícolas, frutas, carnes e
peixe, esforço que vem sendo feito pelos nossos agricultores e fazendeiros,
mas, sobretudo, pelos camponeses no quadro da agricultura familiar. Precisamos
também de continuar a fomentar a prática do desporto na nossa juventude,
promovendo o desporto de bairro e o desporto escolar.
Vamos
passar a dar maior atenção ao Ensino Superior, não só com a construção de novas
infra-estruturas para universidades e institutos superiores, com a formação e
admissão de mais profissionais, mas, sobretudo, com uma melhor valorização da
carreira docente universitária.
Aproveito
esta ocasião para anunciar que os salários dos profissionais de carreiras
especiais, como os docentes universitários, os investigadores, os médicos
militares e técnicos superiores de saúde, vão ser substancialmente melhorados a
partir do mês de Junho do corrente ano, nos termos do Decreto Presidencial que
será publicado ainda hoje.
Caros
Camaradas
O mundo
está a viver um momento desafiador que não pode deixar ninguém indiferente,
pelo facto de estar o destino e o futuro de toda Humanidade em perigo, não só
pelas rápidas e crescentes alterações climáticas, mas, sobretudo, pela real
ameaça à paz e segurança mundiais com os conflitos em curso em África, na Ásia,
na Europa e no Médio Oriente.
A invasão
e anexação de territórios da Ucrânia pela Rússia é algo que viola e fere
gravemente a Carta das Nações Unidas, o Direito Internacional, a sã convivência
entre as nações e a paz conquistada com muito sacrifício pelas forças aliadas
ao derrotar o nazismo em 1945.
O velho
conflito israelo-palestino atingiu hoje níveis de crueldade jamais imaginados e
a tentativa de um eliminar o outro não é realista, por muito que uma das partes
confie no poderio militar que tem ou que pode mobilizar dos seus aliados.
A solução
de dois Estados soberanos, o de Israel e o da Palestina, a conviverem
pacificamente lado a lado é a única viável e aconselhada e quanto mais tempo se
levar a se criar e reconhecer o Estado da Palestina, maior será o sofrimento de
ambos os lados, de ambos os povos.
O escalar
do conflito para toda a região que se temia poder vir a acontecer em qualquer
momento já está de alguma forma a acontecer realmente e a pressagiar o pior
cenário possível se não se conseguir convencer a todos os actores, mas,
sobretudo, a Israel e o Irão, para a máxima contenção.
O momento
exige a sabedoria e coragem necessárias por parte dos líderes mundiais, das
organizações internacionais e das Nações Unidas, para que sejam tomadas as
medidas que o momento requer para se pôr fim definitivo aos diferentes
conflitos em África, da Ucrânia e do Médio Oriente, restabelecer e consolidar a
paz duradoura para a Europa, criar-se o Estado soberano da Palestina e fazer-se
do Médio Oriente uma região de paz e concórdia entre os povos, que contribua
realmente para a paz e segurança mundiais.
Muito
Obrigado.
BENGUELA7 A NOTÍCIA EM TEMPO REAL
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