PADDA-AP - “ESTAMOS A CORRER O RISCO DE TRANSFORMAR O ESCÂNDALO DA POBREZA E DA MISÉRIA EM CULTURA DE HABITUAMOS SER POBRES”
Huíla: O PADDA-AP (Partido Aliança para a Democracia e Desenvolvimento de Angola-Aliança Patriótica), na província da Huíla, considera vergonhoso a atitude do executivo e acusa-o de transformar o escândalo da pobreza e da miséria em cultura de “habituamos ser pobres e de acomodar-nos à miséria”.
Fotografia: Belchior Chicomo (Mateus do Rosário, secretário provincial do PADDA-AP na Huíla)
Redação: Bernardo Angolano | Repórtagem Belchior Chicomo na Huíla
O Partido Aliança para a Democracia e Desenvolvimento de Angola-Aliança Patriótica (PADDA-AP), organizou um simpósio sobre a Importância do trabalhador, subordinado o tema, “Importância dos trabalhadores da função pública em Angola e as reivindicações”.
O certame teve lugar numa das salas na cidade do Lubango no dia 1 de Maio, dia em que se comemorou o dia Internacional do Trabalhador, mas que em Angola, não houve os habituais desfiles devido as reivindicações dos trabalhadores que exigem do executivo angolano atualização do salário mínimo nacional, compatível com o custo da cesta básica, a redução do IRT (Imposto de Rendimento de Trabalho), entre outras condições, expresso no caderno reivindicativo que o governo tem em posse.
A mesma para além de refletir o actual momento que o País está a atravessar sobre a crise social e luta entre o executivo e os trabalhadores, refletiu igualmente, a proposta do aumento salarial de 30 mil kwanzas, proposta rejeitada pelas centrais sindicais.
O PADDA-AP, nas terras da Chela e do Cristo Rei, considera vergonhoso a atitude do executivo angolano.
“É vergonho o que estamos a viver. Estamos a correr o risco de transformar o escândalo da pobreza e da miséria em cultura de habituamos ser pobres e de acomodar-nos à miséria”, concluiu, o secretário provincial do Partido Aliança para a Democracia e Desenvolvimento de Angola-Aliança Patriótica (PADDA-AP), Mateus do Rosário, a quanto o discurso de abertura do simpósio que refletiu a importância do trabalhador.
Da mesa redonda para a reflexão, contou com presença de partidos políticos, membros do governo e da Sociedade Civil.
Lembra-se que a segunda fase da greve geral decorreu em todo país durante 8 dias, de 22 a 30 de abril.
Recorda-se que no caderno reivindicativo, as três centrais
sindicais exigem aumento do salário mínimo nacional, dos atuais 32.000 kwanzas
(35 euros), para 245.000 kwanzas (268 euros), proposta
"flexibilizada", entretanto, para 100.000 kwanzas (109 euros) e um reajuste
do salário da Função Pública, na ordem de 250% e a redução em 10% do Imposto
sobre o Rendimento do Trabalho (IRT).
O executivo angolano decidiu propor um salário mínimo em
função da dimensão da empresa, nomeadamente 48.000 kwanzas (52 euros) para as
pequenas empresas, 70.000 kwanzas (76 euros) para médias empresas e 96.000
kwanzas (104 euros) para as grandes empresas, o que foi rejeitado pelos
sindicatos.
As três centrais sindicais - Central Geral de Sindicatos
Independentes e Livres de Angola (CGSILA), a União Nacional dos Trabalhadores
Angolanos - Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Força Sindical - Central
Sindical (FS-CS) – exigem também a atualização dos subsídios previstos no
sistema das prestações sociais do Instituto Nacional de Segurança Social
(INSS), bem como a gestão partilhada dos fundos do INSS, conferindo
“transparência necessária”.
BENGUELA7 A NOTÍCIA EM TEMPO REAL
Comentários
Enviar um comentário