GREVE A VISTA NA REFINARIA DE LUANDA

Luanda: Foi deliberado este sábado, 1 de Junho, em sede da assembleia de trabalhadores da refinaria de Luanda, uma GREVE GERAL por tempo indeterminado , que terá o início no dia 10 de junho.



Redação: Benguela7 

Para além dos reajustes salariais e melhores condições laborais, os trabalhadores reclamam igualmente a efetivação do quadro pessoal na empresa petrolífera (Sonangol), que estão a mais de 25 anos a labutar como trabalhadores eventuais.

Segundo Adilson Cerra, responsável do coletivo de trabalhadores da Refinaria de Luanda, afeto a Sonangol, o coletivo de trabalhadores da refinaria estão a mais de 5 anos a fazer reclamarem o enquadramento na Sonangol, pós que até ao momento não se chegou a um entendimento.

"Reivindicamos o enquadramento no quadro pessoal da Sonangol, indetremento ao decreto Residencial", disse, acusando a empresa petrolífera de não cumprir com o referido decreto.

Adilson Cerra, fez saber ainda de que através do advogado endereçaram um documento no dia 12 de Junho de 2023, ao Presidente do Conselho Administrativo de Sonangol, nem com isso obtiveram resposta. 

Não havendo resposta por parte da entidade patronal, os trabalhadores e o seu advogado recorreram ao MAPTSS (Ministério de Administração Pública de Trabalho e Segurança social), para a mediação da situação que já se arrasta a mais de 25 anos.

"O MAPTSS prontamente atendeu e começaram as medições. Os encontros foram realizados por duas secções, na Inspeção Geral de Trabalho, onde estiveram representantes da área jurídica da Sonangol e dos Recursos humanos, prometeram dar seguimentos com o processo de enquadramento recolhendo documentos para então aferir a veracidade dos factos", disse, 

Para o seu espanto a delegação da Sonangol não apareceu no terceiro encontro para o desfecho do caso.

Os trabalhadores da refinaria de Luanda, operam em regime de contrato de cedência temporária e estão nessas negociações há mais de 5 anos, junto do patrono, implorando o seu enquadramento efectivo nas fileiras da gigante petrolífera Sonangol. 

"Eu queria dizer sobre as consequências da paralização. Queria pedir encarecidamente ao presidente da república, que nos ajudasse a resolver esse problema ", clama um funcionário , Capitão das Manobras de Navios.

"O meu sentimento é revolta e de repulsa acima de tudo. Porque eu já presto serviço à Refenaria de Luanda, há mais de 15 anos. E durante esse tempo todo, a Refenaria foi nos passando de empresa em empresa. E essas empresas praticamente só nos fazem salário e são salários abismais até porque existem trabalhadores que recebem salários muito superiores a nós. E nós deixam revoltados, desabafou, Vidal Praia. 

"É triste a nossa situação. Nós somos operadores de cedência de Luanda, operadores de energia e gás e estamos aqui a lamentar porque a Sonangol não se pronuncia das orientações da Ministra do MAPTSS. Não é da nossa vontade fazermos greve, mas, não temos outra opção, se não mesmo fazermos essa greve", lamentou Margarete de Gaspar de Jesus Luís.

A referida Assembleia de Trabalhadores surgiu em virtude do silêncio do Conselho de Administração da Sonangol que, até ao momento, não respondeu o caderno reivindicativo nem tão-pouco o parecer do MAPTSS que orientava ao conselho de Administração da referida empresa a regularizar a situação dos trabalhadores.

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