PGR DEFENDE O DEBATE DA CORRUPÇÃO NO ENSINO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
Benguela: As consequências
da corrupção e as medidas de prevenção devem ser abordadas nas instituições de
ensino primário e secundário, para que as crianças cresçam com o conhecimento
sobre os males causados por este fenómeno, defendeu, em Benguela, o coordenador
da Região Judiciária Centro da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Fonte: JA
Carlos Manuel dos Santos, que falava na
abertura de uma mesa-redonda para assinalar os 21 anos da Convenção da União
Africana sobre a Prevenção e Combate à Corrupção, que decorre sob o lema
"Convenção da União Africana sobre a prevenção e combate à corrupção – 21
anos depois”, ressaltou que o combate a este fenómeno no país deve ser uma
constante, dadas as consequências nefastas que o mal acarreta para o
desenvolvimento económico social do país.
"Para que esta luta seja
eficaz, é necessária a colaboração e participação de todos”, sublinhou,
acrescentando ser fundamental a realização de campanhas de consciencialização e
sensibilização junto da população, destacando sempre a necessidade de prevenir
e reprimir a corrupção.
O subprocurador-geral da
República recordou, ainda, que no dia 11 de Junho de 2003, em Maputo, na 2ª
sessão Ordinária da Conferência da União Africana, os Estados-membros
ratificaram a Convenção da organização continental sobre a Prevenção e o
Combate à Corrupção.
"A presente convenção foi
aprovada levando em conta o impacto negativo da corrupção e da impunidade na
estabilidade política, económica, social e cultural dos Estados africanos e os
seus efeitos devastadores sobre o desenvolvimento económico e social dos povos
de África, pondo em causa a responsabilidade e a transparência na gestão dos
assuntos públicos”, frisou.
Carlos Manuel dos Santos
acrescentou que, 21 anos depois da sua aprovação, o impacto da Convenção no
Ordenamento Jurídico Angolano é positivo, na medida em que o Estado angolano
adoptou diversas medidas de prevenção e combate à corrupção, recomendadas pelo
tratado.
Dentre as medidas, o coordenador
da Região Judiciária Centro da PGR destacou a criação de normas que
criminalizam a corrupção no sector privado; a aprovação da lei destinada a
proteger os denunciantes e as testemunhas em casos relacionados com a corrupção
e de infração semelhante, incluindo a protecção das identidades.
Salientou que foram
criminalizados os actos de branqueamento de todos os proventos resultantes da
prática da corrupção e infracções conexas, adoptadas medidas de confisco e
recuperação de activos financeiros e não financeiros resultantes dos actos de
corrupção e crimes conexos, enquanto se aguarda o julgamento definitivo.
"Podemos constatar o quão
importante é a presente Convenção, no domínio da prevenção e repressão da
corrupção, nos países do continente africano”, sublinhou.
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