CIDADÃOS DENUNCIAM MORTES MISTERIOSAS E SONEGAÇÃO DE CADÁVERES EM EMPRESA CHINESA
Luanda: Uma empresa
metalúrgica vocacionada na produção de varões, situada ao Km 40, entrada do
ex-mercado, no Icolo e Bengo, está a ser acusada de mortes misteriosas e
sonegação de cadáver de um trabalhador, cuja morte ocorreu no dia 10 de Janeiro
do presente ano. O corpo alega-se que foi colocado na panela de aço em
turbilhão em processo de derreter ferro.
Fonte: CK
Segundo os nossos
interlocutores, a situação é recorrente naquela empresa, com mortes misteriosas
de um outro cidadão que exercia serviço de segurança, encontrado morto numa
lagoa junto a referida empresa. O Serviço de Investigação Criminal procedeu a
remoção dos restos mortais três dias depois.
Os nossos interlocutores
afirmam que face ao sucedido e alguns outros trabalhadores terem visto a ofensa
em relação ao cadáver, a gestão da empresa atribuiu 200 mil kwanzas a cada um
para silenciar o facto.
Um cidadão pediu a intervenção
das autoridades competentes para evitar perdas de vidas humanas e exploração de
adolescentes e jovens, sobretudo, os quem vêm do interior do país, que estão
nos estaleiros de empresas chinesas, alegadamente na condição de escravos.
Sobre o assunto, a redacção
do Correio da Kianda procurou ouvir o Serviço de Investigação
Criminal que garantiu estarem em curso diligências em torno do assunto e
promete se pronunciar nos próximos momentos.
Por sua vez, o sociólogo
Agostinho Paulo atribui responsabilidade ao fraco desempenho pela Inspecção
Geral do Trabalho que, supostamente, “fecha os olhos à violação de direitos
humanos em troca dos supostos envelopes”.
O académico fala das péssimas
condições em que muitos angolanos trabalham nas empresas asiáticas, e questiona
o sacrifício consentimento de nacionalistas que deram as suas vidas pela
independência.
Já, o historiador e
antropólogo, Filipe Vidal, disse que este acto não tem explicação, e apela as
entidades governamentais no sentido de buscar a riqueza espiritual para melhor
servir os seus concidadãos, e antevê risco aos outros trabalhadores que ainda
estão a trabalhar na referida empresa.
E a jurista Evandra Fortuna,
disse que o assunto abrange múltiplas implicações do direito do trabalho,
empresarial, direito penal pelo que a análise recai inicialmente os motivos da
morte, se acidente de trabalho, imputar a responsabilidade a empresa, a não
observância das condições de segurança no trabalho vai exigir indeminizações à
família da vítima, e dos sobreviventes.
A redacção da Rádio Correio da Kianda contactou a direcção da Câmara de Comércio Angola-China que, entretanto. prometeu reagir nos próximos momentos.
BENGUELA7 A NOTÍCIA EM TEMPO
REAL
Comentários
Enviar um comentário