SINDICATOS MANIFESTARAM A SUA INDIGNAÇÃO CONTRA O ADIAMENTO DO REAJUSTE SALARIAL DE 25% E PROMETEM MOBILIZAÇÕES
Luanda:
Os sindicatos dos professores, médicos, jornalistas, oficiais de justiça e
trabalhadores do sector eléctrico manifestaram a sua indignação contra o
adiamento do reajuste salarial de 25% para a função pública, previamente
acordado para o mês de Janeiro, segundo o anúncio feito pelo Secretário de
Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro José Filipe, que justificou a
mudança para o primeiro trimestre de 2025.
Fonte:
OPAÍS
As
organizações sindicais acusam o Executivo de violar o acordo firmado em Maio de
2024, que previa a implementação imediata do reajuste no início deste ano. Em
nota, os sindicatos afirmam que a verba para o aumento salarial já está
contemplada no Orçamento Geral do Estado (OGE) aprovado em Dezembro e
consideram o adiamento uma “manobra dilatória”.
O
secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro Filipe, explicou
que o adiamento está relacionado à tramitação do pacote de reajustamento
salarial na Assembleia Nacional, que segue um “processo legislativo com fases
específicas”.
Aliás, destacou que o reajuste abrangerá todos
os sectores da função pública, incluindo os ministérios, governos provinciais e
administrações municipais. Os sindicatos, por outro lado, rejeitam a
explicação, apontando a falta de planeamento e execução por parte do Executivo.
“A
justificativa não se sustenta, pois, os recursos foram aprovados e o
compromisso exigia o cumprimento nos prazos estabelecidos”, diz a nota
divulgada pelas organizações sindicais.
Greve
iminente
As
organizações sindicais afirmam desconhecer qualquer renegociação de prazos e
alertam que, caso o reajuste não seja implementado em Janeiro, uma terceira
fase de greve geral será convocada, mobilizando os trabalhadores em todo o
país.“Estamos abertos ao diálogo, mas exigimos respeito aos direitos dos
trabalhadores”, reforçam os sindicatos, destacando que não aceitarão novas
alterações sem consulta.
Próximas
etapas
O
reajuste salarial é parte de um pacote de medidas iniciado em 2024, que incluiu
um aumento de 5% nos vencimentos e a implementação de subsídios de isolamento e
função. Contudo, as novas metas enfrentam atrasos, o que gerou insatisfação
generalizada.
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