CICA, AFA E FCA ALERTAM COM URGÊNCIA O GOVERNO ANGOLANO PARA REVISAR AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA PROMOVER A AUTO -SUFICIENCIA ALIMENTAR
Luanda: Numa carta partoral da Comissão Inter-eclesial Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Aliança Evangélica de Angola (AEA) é o Fórum Cristão Angolano (FCA), a que o Benguela7 Angola teve acesso, alertam o governo angolano para o agravamento das desigualdades sociais que este aumento dos combustíveis está a causar, especialmente entre os grupos mais vulneráveis da sociedade.
Redação: B7
Diante disso, segundo a Comissão Inter-eclesial do Conselho de Igrejas em Angola, é urgente revisar as políticas públicas para promover a auto-suficiência alimentar entre os angolanos e garantir um acesso equitativo à educação.
A recém subida dos combustíveis tende a causar instabilidade na vida das famílias, cuja capacidade de compra é baixa. Muitas famílias já enfrentam dificuldades financeiras e o aumento das propinas escolares, preços dos transportes públicos, cesta básica, bem como outros serviços pode limitar o acesso à educação, que é um direito fundamental que deve ser garantido a todos os angolanos. A educação é a chave para o desenvolvimento e a erradicação da pobreza, e não deve ser um privilégio de poucos.
Confira na íntegra a carta partoral da Comissão Inter-eclesial Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Aliança Evangélica de Angola (AEA) é o Fórum Cristão Angolano (FCA).
𝐂𝐀𝐑𝐓𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐓𝐎𝐑𝐀𝐋 𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐌𝐈𝐒𝐒Ã𝐎 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑-𝐄𝐂𝐋𝐄𝐒𝐈𝐀𝐋 (𝐂𝐈𝐂𝐀, 𝐀𝐄𝐀 & 𝐅𝐂𝐀)
● Conselho de Igrejas Cristãs em Angola
● Aliança Evangélica de Angola
● Fórum Cristão Angolano
Nos momentos conturbantes da história colectiva, Deus levantou vozes para indicar as saídas para os contornar. A Sagrada Escritura reporta a tempestade que assolou o navio que transportava o Apóstolo Paulo e os demais prisioneiros que iam para Roma, corriam o risco de naufragar.
Preocupados sobre o que fazer o Apóstolo apelou a todos a calma tendo dito: tenhais bom ânimo porque não se perderá a vida de nenhum de vós..." Actos 27:22. Ora, Angola atravessa um momento menos bom, económico e social.
A recém subida de combustivéis tende a causar instabilidade na vida das famílias, cuja capacidade de compra é baixa. Muitas famílias já enfrentam dificuldades financeiras e o aumento das propinas escolares, preços dos transportes públicos, cesta básica, bem como outros serviços pode limitar o acesso à educação, que é um direito fundamental que deve ser garantido a todos os angolanos. A educação é a chave para o desenvolvimento e a erradicação da pobreza, e não deve ser um privilégio de poucos.
Temos acompanhado ondas de manifestações que ameaçam sobremaneira a estabilidade social , politica e económica do país!
É fundamental alertar para o agravamento das desigualdades sociais que este aumento está a causar, especialmente entre os grupos mais vulneráveis da nossa sociedade.
Diante disso, é urgente revisar as políticas públicas para promover a auto-suficiência alimentar entre os angolanos e garantir um acesso equitativo à educação.
Face ao clima que se vai instalando um pouco por todo o país, a Igreja angolana através dos seus Pastores, levantam a voz e lançam apelo as seguintes partes:
Ao povo angolano — Como sempre a manter-se calmo, sereno, com o controlo emocional. Lutou-se por uma Independência, porque achou-se capaz de sozinho conduzir o seu destino. Já passaram 50 anos que fez prova disto desde que este direito foi reconhecido pelo então colonialista. Já que, os mais dificeis problemas que atentaram a dignidade do angolano foram ultrapassados, de igual modo também a actual tempestade pode ser controlada e ultrapssada. Vamos engajar a ferramenta poderosa do diálogo civico e responsável. O governo actual resultou do voto concientemente colocado na urna.
Ao governo angolano — Ter sempre na idieia que o povo é a razão da sua existência, portanto, está para SERVIR e não para ser SERVIDO aliás, o próprio Chefe do Estado e do Executivo em suas próprias palavras reconheceu recentemente "SER O POVO O SEU PATRÃO". Encorajama-lo a engajar o diálogo útil com todas as vozes influentes da sociedade para se contornar esta situação que perigosamente ameaça a estabildade do País.
Como Igreja, continuaremos orando por nossos governantes, conforme nos orienta 1 Timóteo 2:1-2. Mas também seguiremos sendo voz profética, comprometida com o clamor dos que sofrem, assim como nosso Senhor Jesus Cristo, que veio "para anunciar boas novas aos pobres, proclamar liberdade aos presos e libertação aos oprimidos" (S. Lucas 4:18).
O desafio que enfrentamos é grande, mas é possível. Precisamos trabalhar juntos para construir uma Angola digna dos angolanos. No entanto, Angola só será digna de nós se nós, angolanos, formos dignos de Angola.
Luanda, Quinta- feira 24 de Julho de 2025.
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