LUÍS DE CASTRO: É IMPERCEPTÍVEL PARA QUEM NÃO QUER VER QUE GRANDE PARTE DOS RECURSOS PÚBLICOS, O DINHEIRO DO ERÁRIO, VEM SENDO DESVIADO POR ALGUNS DOS NOSSOS DIRIGENTES E DEPOSITADO EM PAÍSES ESTRANGEIROS, COM DESTAQUE PARA PORTUGAL
Luanda: É quase imperceptível para quem não quer ver que grande parte dos recursos públicos, o dinheiro do erário, vem sendo sistematicamente desviado por alguns dos nossos dirigentes e depositado em países estrangeiros, com especial destaque para Portugal.
Há verdades que escapam aos olhos distraídos, mas que pesam no coração de quem observa com seriedade os caminhos do nosso país.
É quase imperceptível para quem não quer ver que grande parte dos recursos públicos, o dinheiro do erário, vem sendo sistematicamente desviado por alguns dos nossos dirigentes e depositado em países estrangeiros, com especial destaque para Portugal.
Recentemente, vimos o próprio titular do poder executivo deslocar-se a Lisboa, onde obteve um empréstimo financeiro. Eis o paradoxo: os milhões desviados ao longo dos anos, depositados em instituições bancárias portuguesas, retornam agora ao país… não como reparação, mas sob a forma de empréstimo. Pagaremos juros para reaver o que um dia já foi nosso. Trata-se de uma ironia cruel um ciclo perverso que escapa à indignação pública apenas porque se tornou “normal”.
E, ainda assim, ouvimos com frequência discursos altivos, proclamando que “em 50 anos fizemos mais do que o colonizador em 500”. Mas essas palavras são, muitas vezes, pronunciadas em edifícios coloniais, sentados em cadeiras que não construímos, amparados por estruturas herdadas e não superadas.
Não se trata de negar os avanços conquistados. Trata-se de ser honesto com a nossa história e com o nosso povo. A verdadeira independência não se mede apenas em datas e hinos, mas na capacidade de gerir com dignidade os recursos da nação, sem roubo, sem cinismo, sem propaganda vazia.
Só a verdade liberta. E só com verdade e justiça construíremos o país que merecemos.
Por: Luís de Castro
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