AVELINO JOSÉ - NÃO SE FAZ A RECONCILIAÇÃO, NEGANDO A DIFERENÇA. MAS, SIM, CONSTRÓI -SE A RECONCILIAÇÃO ACEITANDO DE QUE SE EU EXISTO, É NECESSÁRIO QUE O OUTRO EXISTA PARA QUE EU NÃO FIQUE SOZINHO NO MUNDO.

Benguela: O Secretário Provincial da UNITA em Benguela, Avelino Canjamba José, disse esta sexta-feira, 29 de Agosto, no Mino-Congresso sobre a reconciliação Nacional, promovida pela Justiça e Paz, da igreja Católica, sob presidência da DIOCESE de Benguela!, que "não se faz a reconciliação, negando a diferença". Mas, sim, constrói-se a reconciliação aceitando de que se eu existo, é necessário que o outro exista para que eu não fique sozinho no mundo.

Redação: Benguela7 

Avelino Canjamba José, na sua interpretação disse que o tema reconciliação nacional, é um tema fundamental na nossa convivência enquanto povo e sobretudo como angolanos. No seu entender, longe da perspectiva de apontar culpados, "talvez a necessidade de buscar as causas". 

"Somos a sugerir aqui : se nós unirmos, levarmos sessões a exemplo destas, juntos das comunidades e discutimos do lado a lado com a comunidade, sobre assuntos virados a reconciliação nacional, podemos ajudar e muito", seger o político.

Acrescentando, "aqui fica, a sugestão da UNITA, no seguinte: unidos pela paz, combatemos a intolerância política. Esta é a nossa sugestão, é a nossa proposta". 

O líder do maior partido na oposição em Angola, na cidade das acácias rubras, é de opinião que a igreja lidere o processo de reconciliação nacional. 

"Estamos a dizer, Senhor Vigário geral da igreja, se a igreja for a liderar iniciativas como esta, leva-la juntos das comunidades da Capupa, na Canhamela, na Yambala, no Biopio e noutros pontos, da nossa Benguela, as comunidades viveram de perto a forma como interagimos e sim, estaremos a trabalhar para unidade, afinal, reconciliar é unir", asegurou o político da UNITA.

Ao meio de grandes personalidades da província, como políticos, acadêmicos, entidades religiosas e tradicionais , Avelino José, entende que não se faz reconciliação, colocando os partidos políticos em primeiro lugar , mas, sim, a cidadania. 

"Não se faz reconciliação, condecorando esse e aquele, deixando de fora outras figuras que deram o seu máximo na libertação desta pátria. Cria-se dúvidas entre os fazedores de opinião.", disse. 

Disse ainda que não se faz a reconciliação, negando a diferença, mas, sim, constrói -se a reconciliação aceitando de que se eu existo, é necessário que o outro exista para que eu não fique sozinho no mundo.

Avelino Canjamba José afirma haver intolerância política em alguns municípios. "Há intolerância política, na Capupa, na Yambala, na Canhamela (...) porque eu encontrei um administrador que diz assim: enquanto eu for administrador aqui, aqui a UNITA não entra. Não estou acusar. Estou a colocar factos, para que, no espírito de Sócrates, que defendia que a melhor forma de resolver problemas, é aceitar tal como o problema se apresenta. Por isso, longe de procurar culpados, avancemos com este debate junto das comunidades ", defendeu.

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